Luanda - O novo governo de Dos Santos é um cadeirão de acomodação de familiares e amigos. O que está em jogo não parece ser a competência mas o compadrio. Bastaa verificar a criação de um ministério para alojar, Adão do Nascimento, que faz passar a imagem de ser seu tio.


Fonte: Club-k.net


Na legislatura que termina marcou a incapacidade deste secretário de Estado para o Ensino Superior, que nada fez para implementar as políticas relativas a gestão do ensino superior idealizadas pela então ministra, tão pouco materializar as que haviam sido tomadas, com muito radicalismo por ele mesmo antes da fusão dos órgãos de tutela do Ensino Superior e da Ciência e Tecnologia.


Como consequência, de ter costas largas, protecção traiçoeira da Presidência da República, que, ao que parece, na calada da noite, promove a desestabilização das instituições, Adão do Nascimento desligou-se completamente durante os quatro anos da gestão do Ministério até ao total auto-abandono.


Nunca compareceu as reuniões semanais marcadas entre ele e a ministra, alegando ter na mesma hora reunião no Palácio Presidencial com o seu sobrinho, o Presidente da República.


Nos últimos dois anos, foi o cúmulo da maior indisciplina de um governante subordinado, pois o Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Adão do Nascimento, nunca compareceu em nenhum despacho com a sua Chefe imediata, não participou em nenhum Conselho Consultivo, nem aceitava representar a titular em actyos quando era indigitado, alegando sempre estar a realizar eventuais actividades sob orientações vindas do presidente José Eduardo dos Santos.


Durante quatro anos, Adão do Nascimento se ôpos a legalização das universidades, que hoje o seu “tio” faz alarde, não visitou uma, não participou nas acções do ministério, foi indisciplinado e poderia ser, fosse sério o governo, sancionado, mas não por todos estyes factores negativos o homem foi promovido a ministro, ficando provado que para Jose Eduardo os incompetentes e intriguistas são os melhores no seu governo. Mas quem nomeia alguém assim é mais responsável do que o nomeado.


Mas a intriga faz parte deste governo, Edeltrudes Costa foi colega de Carlos Feijó, no mesmo escritório de Advogados, este o nomeou para a ANIP e depois da chegada da ex-mulher de Eduardo dos Santos, Milucha Abrantes a Investimento Estrangeiro, fez tudo para, em função da incompatibilidade deste com a nova diretora, fosse nomeado e assim aconteceu vice ministro do Território. Aqui foi responsavel pelo FICRE e contratou a INDRA, responsavel pela batota eleitoral, foi presidente da CNE depois da saída de Suzana Ingles e lá se manteve depois da indicação de Silva Neto.


Como compensação a batota eleitoral foi nomeado agora para chefe da Casa Civil da Presidência da República.

Na Huíla, no Zaire e no ministério do Interior, por exemplo, fez a mesma coisa, todos os que tinham problemas com os titulares asc enderam agora aos cargos.


É assim um governo de intrigas e de familiares.