Nova Iorque – O representante permanente de Angola junto das Nações Unidas, embaixador Ismael Gaspar Martins, ressaltou segunda-feira os avanços registados no país no domínio da consolidação da democracia, reforçada com a realização das recentes eleições gerais.


Fonte: Angop

O diplomata, que chefia a delegação angolana à 67ª sessão da Assembleia Geral da ONU, discursava neste fórum que decorre em Nova Iorque desde o dia 24 de Setembro, tendo sublinhado que as eleições do dia 31 de Agosto do corrente ano decorreram num clima de civismo e de paz.
 
O pleito eleitoral, segundo o embaixador, demonstrou a maturidade política do povo, tendo os resultados traduzido a vontade soberana dos angolanos, conforme foi constatado pelos observadores internacionais que acompanharam o escrutínio.
 
Neste momento, “assiste-se a um processo dinâmico de reconstrução e desenvolvimento marcado pela consolidação da estabilidade macroeconómica, com reflexos positivos na estabilização da moeda nacional, a reabilitação e modernização das principais infra-estruturas produtivas e sociais, que vem contribuindo para a progressiva melhoria das condições de vida dos angolanos”, disse.
 
O chefe da delegação angolana enfatizou a necessidade de os países desenvolverem acções tendentes a garantir a paz e a segurança internacionais, erradicar a pobreza e garantir o desenvolvimento, proteger o meio ambiente e salvaguardar os ecossistemas para as gerações vindouras, entre outras.
 
Ismael Martins reiterou o apoio do Executivo angolano às iniciativas visando à liberalização do comércio internacional, defendendo que a reforma das instituições reguladoras do sistema económico e financeiro internacional assume uma importância crucial para garantir maior fluidez e transparência na afectação de capitais para os países menos desenvolvidos.
 

Advogou igualmente a necessidade da comunidade internacional envidar esforços em prol do desenvolvimento sustentável, bem como a melhor maneira de lidar com a seca e desertificação, as alterações climáticas, as calamidades naturais, a redução de biodiversidade, entre outros fenómenos.

 
O representante permanente de Angola junto da ONU reiterou a posição do Governo angolano sobre a necessidade da reforma do Conselho de Segurança e para o imperativo de uma representação equitativa de todas as regiões do mundo pelo alargamento do número dos seus membros permanentes, adequando-o, assim, à realidade contemporânea.
 

Exortou a comunidade internacional no sentido de continuar a apoiar iniciativas de resolução dos diversos conflitos pela via pacífica e garantir a soberania dos estados, tendo-se referido à situação na R.D. Congo, Guiné-Bissau, Somália, no Sudão e Sudão do Sul, no Mali, Sahara Ocidental, na Síria, bem como apelou ao fim do embargo imposto a Cuba pelos Estados Unidos da América há várias décadas.

 
A delegação angolana à 67ª sessão da Assembleia Geral integrou a directora dos assuntos multilaterais do Ministério das Relações Exteriores e o director para África, Médio Oriente e Organizações Regionais do MIREX, respectivamente, embaixadores Margarida Izata e Joaquim do Espírito Santo.
 

Fizeram igualmente parte da delegação os embaixadores Apolinário Correia, Arcanjo do Nascimento e Maria de Jesus Ferreira, designadamente, representantes permanentes de Angola junto das Nações Unidas em Genebra, junto da União Africana e junto das Organizações Internacionais em Viena.
 

Os embaixadores Nelson Cosme (Brasil), Agostinho Tavares (Canadá) e Oliveira Enconge, director do gabinete de apoio à CPLP, bem como outros altos funcionários do Ministério das Relações Exteriores também integraram a delegação.