Luanda – O novo ministro do Interior, Ângelo de Barros Veiga Tavares, disse nesta terça-feira, 02, em Luanda, que a actuação do seu mandato se pautará pela disciplina e rigor na gestão do erário público, prometendo dar um combate enérgico aos crimes violentos que nos últimos tempos têm assolado a sociedade angolana.

Fonte: Angop

Falando na cerimónia de apresentação aos membros do órgão ministerial, o governante reconheceu que alguns funcionários do pelouro têm enveredado por comportamentos inadequados, advertindo-os que a sua actuação pautará pela disciplina, rigor e controlo na gestão da coisa pública e dos recursos humanos.

“Impõe-se que a Polícia Nacional, o Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), os Serviços Prisionais, Protecção Civil e Bombeiros, assim como os demais órgãos e agentes da ordem, no exercício das suas funções, primem por uma conduta profissional, de respeito pelos direitos e liberdades dos cidadãos e dos interesses superiores do Estado”, pronunciou.

Com efeito, disse que deverão ser aprimorados os mecanismos que concorrem para o aprofundamento do respeito pela liberdade democrática, direitos humanos e dos cidadãos, numa perspectiva de equilíbrio com a defesa dos ganhos de todos e de cada indivíduo.

Relativamente à criminalidade, sublinhou que os efectivos da polícia nacional têm estado a ser confrontados com um quadro de crimes horríveis e cada vez mais violentos, aos quais prometeu dar um combate enérgico, firme e implacável. Neste sentido, indicou que particular atenção será prestada aos delitos informáticos e económicos, com destaque para o branqueamento de capitais, visando a sua prevenção e combate.

Quanto aos crimes de violação e os praticados com recurso a armas de fogo, o ministro do Interior admitiu ser necessário estabelecer, com os órgãos do sistema integrado de justiça, mecanismos que permitam a realização célere dos julgamentos e a consequente condenação.

Para o efeito, o governante disse ser imperioso a definição de uma política criminal que permita estabelecer acções preventivas, repressivas, ressocialização dos reclusos, assim como encontrar formas de como os cidadãos e as instituições devem contribuir para que tal combate seja eficaz.

No que tange ao combate à imigração ilegal, o ministro advogou a necessidade dos órgãos de protecção de fronteira serem dotados de condições infra-estruturais e de meios técnicos indispensáveis ao exercício pleno das suas actividades.

Na ocasião, o seu antecessor, Sebastião Martins, afirmou que deixa o Ministério do Interior com o sentimento do dever cumprido, agradecendo o apoio dos seus colaboradores e trabalhadores nos dois anos que esteve à frente da instituição.