Cabinda – A província montou cenário apoteótico para receber a nova governadora, Aldina da Lomba numa actuação que indicia sentimento de que tal nomeação era muito esperada e que até poucas horas antes da mesma, a dama de ferro não sabia se ia ser confirmada na figura mais importante da província.

Fonte: Club-k.net

Foi agendado um culto ecuménico de acção de graças com aclamações, no Multi-uso do Tafe, ao som da harpa e da cítara louvores a Deus por ter permitido maravilhas em favor daqueles que oraram dia e noite pela nomeação da senhora que está na política sem nunca deixar de parte o pastorado.

Muita gente não sabe, ela é líder religiosa e quanto a isso não incompatibilidade, aliás só saiu a ganhar porque Deus providenciou. O culto ecuménico foi organizado espontaneamente, com o condão de abrir caminho de bênçãos para a procissão de um consulado nada fácil de quem governa pela primeira vez Cabinda na condição de mulher.

Marcos Barrica é um dos nomes de que muito se falou na concorrência para o tal cargo deixando prever que ele estará sempre expectante quanto a possibilidade de também governar uma das terras mais cobiçadas para o efeito.

Desde logo, a previsão em matéria de diálogo inter-cabindês que se desenha para os próximos tempos se afigura muito relevante na nomeação da actual governadora, já que ela pode assumir-se como uma das pessoas que domina o dossier cabinda por ter feito parte da equipa negocial do governo durante o processe de paz e reconciliação com o Fórum Cabindês para o Dialogo, liderado pelo «General doutor» António Bento Bembe diminuído no seu peso por ser arredado de gerir A Secretaria de Estado para os Direitos Humanos enquanto órgão de autonomia financeira.

O sector caiu nas mãos de um jurista e docente universitário na área do Direito Internacional Público, Rui Mangueira, nomeado para atender o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos. Acabou-se a comodidades política em favor de um homem sobre quem impende um mandato internacional de captura movido pelos americanos.

Não tarda que nos próximos dias a actual governadora de Cabinda, venha a receber orientações no sentido de animar as tentativas de diálogo com os irmãos de Cabinda no exilio como intramuros cuja sensibilidade está formatada na base de sociedade civil local. A isso, é preciso reconhecer que a sua entrega e eloquência durante a recuperação da imagem do governo antes da ida do Presidente da República a cabinda no calor da campanha eleitoral tendo reconfortado as estruturas do poder, também fez com que Matilde fosse confirmada.

Da Lomba terá pela frente todo um conjunto de acções a serem implementados com colaboradores de todos os pontos sobretudo os mais nevrálgicos da província, aliás, a sua condição de neutralidade, e este aponta-se como terceiro factor, jogou um papel transversal no merecimento de confiança para gerir a província de Cabinda numa altura em que surgem algumas reclamações em torno de atenção a prestar junto de algumas matizes locais tendo em conta o seu contributo histórico no processo de libertação nacional.

Não queira isso ser um meio de reivindicação barata nem mais uma razão de dicotomia tribal porque a bem da verdade, a actual governadora merece reconhecimento de todos mesmo sabendo que ao lado de si sintam melhor algumas pessoas com que se relaciona com mais candura. O que lhe espera é o diálogo motivado pela actual boa disposição das partes em Cabinda.

Há no entanto algumas pessoas que não estão à vontade com a nomeação da Aldina ao cargo de governadora, já que no tempo do anterior governador eram tidas como filhos. É o caso do Óscar Dilo, actual Secretário Provincial da Juventude e Desporto e Carlos Zeca, Secretário Provincial da Saúde.

A questão até, tem pouco a ver com a governadora sendo apenas da responsabilidade dos ditos algozes, agitadores e bajuladores que não vêem a hora de entrarem em cena em prejuízo dos outros. Aldina da Lomba tem tempo para formar a sua equipa devendo ouvir pouco aqueles que dizem «agora é a nossa vez» quando na realidade todos são poucos para levarem a barca ao bom porto.

No entanto, haverá mesmo um processo de mudanças, já que Tomás Mabiala do Gabinete do Plano não se irá escapar ao olho da rua cedendo o seu lugar a Mónica Polaco, quem no passado viu seu nome ao ligado a um processo judicial de que se desfez com êxito tendo sido recuperado dentre os quadros do governo.

Por razões de Saúde, José Kubaia pode estar de saída da Administração Municipal do Belize.
Espera-se que o próximo administrador do Belize seja bem capaz de superar a letargia verificada naquele ponto da província por sinal o município mais ao norte de Angola, facto que de per si lhe devia atribuir mais atenção. Belize, pelo agora deve deixar de ficar com a escória da gestão da província.

Com os seus recursos hídricos tem razões mais do que sufientes para se elevar economicamente com recursos que advierem do ecoturismo e outros factores de produção. Aldina da Lomba tem um caso mais do que facilitado já que já que esta baronesa do Maiombe Maria Buity vai para deputância substituindo a cabeça de lista do MPLA no círculo provincial de Cabinda obrigada, administrativamente, a suspender o mandato de deputada em função da sua indicação ao cargo mais alto ao nível  do executivo provincial. 

Toda a espectativa vai também ao tratamento a ser dado ao Secretário da Construção, Ambiente e Ordenamento do Território, o jovem Luvambano que tinha ascendido a tal cargo no tempo de Mawete a quem se lhe vincula de igual modo. A expectativa vai pelo facto de que mesmo assim, está-se em face dum jovem voluntarioso, laborioso e muito competente.

À espera estão também outros jovens que nunca estiveram no governo, mas que deram muito de si aquando da campanha partidária que em muito valeu a senhora governadora. O seu esquema mental há muito que se configurou com o actual momento face algumas clareiras, que se avultaram ainda no tempo do General, não fosse também o despiciendo de convidar a uma pessoa como ele, membro do Bureau Político a ser vice-governadora.

É claro, por mais santa, e modesta que ela fosse, certamente que um dia lá com a sua almofada sonhou o cadeirão da província. Era sem dúvidas uma candidata natural a tal cargo como ninguém mais na província. Todos os outros nomes não seriam tão vingados com o dela que em muito podia dever-se a condição do género como anteriormente ficou frisado nesta peça.

Resta apenas deseja sorte e muitas bênçãos a Aldina. Que tenha uma governação suave e flexível par que um dia possa mesmo ser citada entre os membros do Conselho de Ministro, órgão de consulta do Presidente da República algo que também podia servir caso se concretizasse a tal indicação ao ministério das mulheres, ou seja da Família e Promoção da Mulher. Afinal Aldina podia mesmo substituir Genoveva Lino.