Lisboa - A portuguesa Ongoing mandou dissolver a holding que criou, no ano passado, para agregar os negócios no espaço lusófono. O investimento foi apresentado como uma parceria com o general angolano Kopelipa, mas também com a Fomentinvest, onde trabalhava Pedro Passos Coelho antes de ser nomeado primeiro-ministro, e com a JP Sá Couto, o fabricante do computador Magalhães.
Fonte: O Público
A decisão de extinguir a Ongoing África, com sede na zona franca da Madeira, surge dezasseis meses depois de ter sido constituída, para reforçar a presença do grupo liderado por Nuno Vasconcellos e Rafael Mora nos mercados lusófonos. A Ongoing está presente no capital da PT e da Zon, e detém, entre outros activos na área editorial, o Diário Económico.
A 8 de Julho de 2011, fonte oficial da Ongoing disse à Lusa que “com a constituição desta holding”, a Ongoing “dá mais um passo na consolidação da estratégia de investimento nos mercados da língua portuguesa, celebrando parcerias fortes com empresas portuguesas e, igualmente, com grupos económicos locais.”
A formalização da dissolução da Ongoing África consta do Diário da República de 3 de Outubro deste ano, e surge 16 meses de ter sido lançada. Na altura, a angolana Kopelson, ligada a Manuel Hélder Vieira Dias [Kopelipa], que era ministro de Estado e Chefe da Casa Militar de Angola, foi dada como parceiro da Ongoing África.
A 15 de Julho o Expresso noticiou que a Fomentinvest, empresa de Ângelo Correia, onde chegou a trabalhar o actual primeiro-ministro, e a JP Sá Couto [que se tornou conhecida pelo fabrico dos computadores Magalhães], tinham também celebrado parcerias com a Ongoing África para investir em Angola e na restante África Austral. A Fomentinvest está orientada para investir na área do ambiente e da energia, enquanto a JP Sá Couto está dedicada à concepção e comercialização de soluções tecnológicas.
Instada a esclarecer as razões que levaram ao encerramento da Ongoing África, 16 meses depois de ter sido constituída, fonte oficial do grupo não respondeu.