Cabinda – Aldina da Lomba foi recebida por um vasto número da população de Cabinda ultrapassando todas as expectativas anteriormente projectadas. A governadora, provou ela própria de que é uma governante muito querida ao ser acolhida por um número sem fim de gente ávida de ver melhorar a província de Cabinda nos próximos dias. Não faltou o culto de acção de graças.

Fonte: Club-k.net

Aldina da Lomba é da origem cabo-verdiana


Na realidade os motivos do entusiasmo popular estão bem evidenciados. A voz corrente é de que durante a sua incursão governativa como interina deixou já boas obras como a abertura de vias secundárias e terciárias, o pagamento de dívidas relativas aos jogadores de basquetebol, o apoio aos mais necessitados à moda de quem algum dia geriu a Reinserção Social, enfim, um manancial de condimentos apegados à sua condição de mulher eloquente e cada vez mais vistosa, portanto, fizeram com que a população fosse ao Aeroporto local receber a dama de ferro.

Aldina da Lomba aterrou em Cabinda na manha do último sábado, num memorial que jamais será esquecido. Acompanhada pelo Ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, que momentos depois orientou a cerimónia da tomada de posse no palácio de Cabinda, uma estrutura arquitectónica concebida pelos holandeses em miragem a baía de Cabinda, da Lomba não acreditava no que estava a ver segura de que o grau de responsabilidade cresce ainda mais.

Com a entrada triunfante da Aldina acaba-se com o preconceito de quem lhe terá atribuído o epíteto de cabo-verdiana, origem que ela não tem como negar, mas que em abono da verdade não optou como nacionalidade apesar do direito adquirido pela constituição da República de Cabo-Verde. Ao que conheço nenhum dos seus irmãos terão optado pela nacionalidade dos seus países antigos contratados ainda muito novos levados às terras de Angola. São os chamados contratados de 56.

Independentemente das suas origens, o que conta é o apoio mais do que inequívoco do povo que só quer boa vida e a senhora demonstrou que pode dar esta boa vida desde que haja vontade. Este pode ser o reportório a utilizar pelo Ministro da Administração do Território no seu regresso à Luanda após ter testemunhado e orientado a passassão da pasta.

O povo de Cabinda está a demonstrar que o argumento de ser-se filha ou não de cabo-verdianos é um falso problema. É que ela viveu no meio do povo e com o povo, por isso sabe e estudou bem a melhor receita para melhorar a qualidade de vida das populações. E isto é que anima até os mais incautos na questão política.

Nesta sucessão que iniciou antes mesmo das eleições, cumprir com o papel de Estado e o dever político de soberania popular sufragado no dia 31 de Agosto de 2012 sob proposta do programa de governação do MPLA é que se almeja e Aldina sabe que não pode defraudar. Bornito de Sousa falou disso mesmo e desejou bom consulado a senhora que é por sinal sua camarada no Bureau Político do MPLA. 

Aldina pode contar com uma equipa eficiente e competente, e assim se escalona o seu grupo de trabalho até 2017 sendo perfeitamente alterável a cada momento que se impuser alguma razão operacional. Eis o esquema:

- Governadora provincial: Aldina Barros da Lomba
- Vice-governador para o sector político e social: Mangovo Tomé;
- Vice governador p/ Sector Técnico: Almeida, actual inspector do Gov;
- Vice o sector económico: Macário Lembe;
- Secretário-geral do Governo: Euclides da Lomba;
- Director do GEPE: Tomás Mabiala;
- Director do Gabinete Jurídico do Governo: Artur do Carmo;
- Director do Gabinete de Inspecção: Manguali Tigre;
- Chefe do CDI: Jacques Zacarias / Armando Elisa;
- Assessores da Governadora: Margarida Saco Barros, Milagre Tigre, Raúl Taty.
- Secretário de Apoio Empresarial: Dr. Machado / Adriano Mangovo;
- Secretário da Indústria: António Manuel Gime;
- Secretário da Cultura: Roque Borges, historiador e docente universitário;
- Secretário da Juventude e Desportos: Carlos Roque, Guilherme Taty Macaia;
- Secretário do Comércio Hotelaria e Turismo: Paulo Lúfua;
- Secretário da Indústria: António Manuel Gime;
- Secretária da Família: Maria Carlota Ngombe Taty / Mónica Polaco;
- Secretária dos Antigos Combatentes e Veteranos de Guerra: Helena Samba Júnior;
- Secretária da Reinserção Social: Marta Lelo;
- Secretária da Educação Ciência e Tecnologia: Berta Marciano / Josefina Pemba Massila;
- Secretário da Comunicação Social: Pedro Sia Alberto Paulina;
- Secretário das Obras Públicas: Otniel da Silva;
- Urbanismo, Ambiente e Ordenamento do Território: Arq. Luvambano;
- Secretário dos Transportes: Juliano Nionje Capita;
- Secretário da Saúde: Dr. André Ngoma; MAPESS: Espírito Santo;
- Chefe do Departamento do Protocolo do governo: Carlos / Mateus Kuabi;
- Administrador do Palácio: (?).
- Delegado da Justiça: António Massiala; Delegado das Finanças: Dr. Miguel;
- Administrador de Cabinda: Macaia Taty;
- Administrador do Cacongo: Mingas, antigo administrador de Cabinda;
- Administrador do Buco-Zau: Francisco (Cisco), ex. 1º Secretário da JMPLA;
- Administrador do Belize: Carlos Malonda Veiga

Sabe-se que Francisco Tando vai para 2º secretário do partido MPLA e Marta Lelo sai do Buco-Zau para ficar como 1ª secretária da OMA. Consta que os bravos do bairro Amílcar Cabral que há muito não iam a Cabinda regressaram para acompanhar a recepção da dama de ferro, após a nomeação e tomada de posse na capital angolana.

Viram por aí a Chindinha/Raquel da Lomba, venha dali a oportunidade de fazer muitas novelas. Indústria de entretenimento faz muita falta em Cabinda, é preciso explorar-se os recursos turísticos existentes um pouco por todos os lados. Urge alargar também a classe empresarial.

Formam três meses bastantes para mudar a apreciação das pessoas na província, ela teve de facto uma fulgurante passagem como interina, mas também pudera com o dinheiro que havia recebido no quadro da campanha, caso para dizer que a sorte persegue os audazes. Nada de retirar o mérito, porquanto outros gestores tinham mandado a urdina o dever de demonstrar trabalho ao povo ainda que custasse a reputação da agremiação partidária a que pertencem. Tudo indica que com mais período de tempo, as autoridades em Luanda ficarão muito contentes com o seu empenho. E nisso basta a vontade política e tudo ser-lhe-á dado por acréscimo. 

Para fazer politica basta a boa vontade em atender as necessidades mínimas do povo. O povo não precisa tanto assim, ele sabe apreciar a vontade e o esforço das pessoas. Aldina poderá ter uma passagem épica no governo de Cabinda se os invejosos, astutos, feiticeiros e intriguistas não tomarem de assalto o seu tempo de pensar nas melhores soluções em prol das populações.

Chega de se conotar e sacrificar os demais dizendo que são do Mawete João Baptista ou quem quer que seja. Ninguém é de ninguém nem os nossos próprios filhos. Ser ou não ser é pouco relevante para o edifício que se pretende erguer nas terras do enclave. Os principados do reino do Congo têm desde agora uma nítida razão para se guindarem no concerto das melhores províncias para se viver. Infelizmente, ainda persistem aqueles pegajosos que só sabem fazer insinuações com fito de se locupletarem de oportunidades empresariais confundindo-se com o seu cargo público. Afinal todos são mesmo poucos para fazerem a província acontecer.

Sem imoralidade, é mister dizer que a política é uma questão de conveniência e todo o mundo sabe. Ninguém é mais amigo da Aldina que o próprio povo. No seio das elites não existem amigos eternos, só por isso é que algumas pessoas em Cabinda estão muito tempo nas secretarias e isto deve-se a arte de se desmarcarem subtilmente no momento da decadência de cada governador. No entanto existem algumas pessoas que não se compadecem com tal atitude hipócrita e é com essas pessoas que Aldina deve contar caso queira lograr êxitos, estas pessoas são de tipo Raúl Taty e outras mais. É preciso mudar um pouco a cara deste governo provincial.

Há caras novas neste formato. Para o cargo da cultura, o Dr. Roque é formado em História e tem vastos conhecimentos em torno da tradição oral da província. Quanto ao sector da saúde, pela grande aceitação social, o Guilherme Taty até podia estar com esta área mas a juventude e desportos também pode ser uma área que carece da sua acutilância.

Belize dos municípios mais ao norte de Angola e precisa de relançamento no cenário politico nacional até mesmo por uma questão da sua maleabilidade com o turismo e por ostentar muitos recursos adormecidos, dali precisa de um jovem dinâmico com certo nome capaz de atrair muitos valores e homens de negócios.

O nome que ali está assenta perfeitamente. De resto, o Espírito Santo da Secretaria da Administração Emprego e Reinserção Social, mesmo que se reclame a sua longevidade, há-que reconhecer sua competência e superação no cargo que desempenha. É dos prestadores públicos que mais evolui ou se supera em Cabinda, verdade seja dita. Merece mais uma oportunidade.

O Eng. Juliano Capita fica nos transportes devido a componente infraestruturas, ele será um bom colaborador junto da governadora. Dará certamente boas ideias sobre a dimensão das vias, pontes e pontecos. Tem bons pareceres quanto a restruturação de algumas vias de transportes. Otniel da Silva tem credenciais no ramo das obras públicas e por isso, convém que regresse a este sector. Esta é, naturalmente, a equipa que fará de Cabinda um lugar mais atrativo possível.