Lisboa - O novo Ministro do Interior , Ângelo de Barros Veiga Tavares (na foto) decidiu suspender, desde terça-feira (9) as funções do Chefe de Departamento de estrangeiro do SME, José Maria dos Santos Miguel. A medida surge na seqüência de uma inspeção interna que apresenta, o responsável dos Serviços de Emigração como tendo incorrido em "graves irregularidades". (Um cidadão angolano e um estrangeiro estão presos a cerca de dois meses associados a este processo)
Fonte: Club-k.net
Serviços de Emigração sob inspeção
O suspenso funcionário, foi nomeado em comissão de serviço para as funções no SME em finais de 2010. Ele faz parte do grupo que naquela altura foi transferido dos Serviços de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE) para substituir a então direcção dos Serviços de Emigração chefiada pelo general Eduardo de Almeida Ferreira Martins “Dinho”.
A inspeção que decorre e que simultaneamente resultou na suspensão do Chefe de Departamento de estrangeiro do SME foi orientada pelo antigo Ministro, Sebastião Martins. O grupo que nela integram, estão em vias de produzir um relatório de conclusões do processo , a ser remetido, ao novo titular do interior, ao qual caberá decidir sobre o desfecho do processo.
Os Serviços de Emigração são identificados como uma das instituições mais vulneráveis do Estado angolano por efeito da fragilidades que os seus funcionários se revelam a aliciamentos e praticas de suborno. Em 2010, foi descoberta à existêncea de uma rede liderada por um estrangeiro de nacionalidade palestiniana, Hamedo Jaraman, com escritório no bairro Cassenda que era apresentado como o “salvador” dos cidadãos estrangeiros em situação ilegal em Angola. A rede de Hamedo Jaraman trabalhava em cooperação com cidadãos angolanos com realce para os funcionários do SME.
Da constituição à legalização “ilícita” de processos, os interessados pagavam nove mil e trezentos e setenta e cinco dólares americanos (USD 9375, 00). Contavam igualmente com a participação de funcionários do Ministério da Administração Pública Emprego e Segurança Social envolvidos neste esquema.
Sebastião Martins, o então Ministro do Interior e Chefe dos Serviços de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE) teria desencadeado uma operação que resultou no repatriamento da referida rede e a expulsão de funcionários da administração do Estado que estariam alegadamente a perigar a integridade do Estado angolano.