Luanda - Um total de 52 casos de hipertensão arterial severa em crianças foram registados, desde 2006 até a presente data, no hospital pediátrico "David Bernardino", informou a médica pediátrica da unidade hospitalar, Sebastiana Gamboa. Segundo a especialista, ainda não se tem um estudo propriamente dito para se determinar a prevalência de hipertensão arterial naquele hospital .

Fonte: Angop

As idades variam entre os 6 aos 13 anos manifestando-se preocupada com o facto em questão. Disse estarem habituados na população pediátrica a diagnosticar hipertensão ou ver os estádios pré-hipertensão na comunidade, "mas o que nos tem chegado são casos severos o que nos tem alarmado bastante".

De acordo a ela, as causas descritas devem-se a má formação congénita renal ou patologia de parenquina renal. Para o seu tratamento explicou que são introduzidas drogas específicas para que se possa combater a doença no paciente.

Aconselhou a todos os encarregados a prestarem maior atenção aos filhos e em casos de queixas de cefaleias (dores de cabeça) levá-lo de imediato ao hospital para um diagnóstico e consulta prévia.

Entretanto, a combinação de hipertensão arterial e diabetes mellitus provoca no paciente um risco maior para a ocorrência de diversos casos cardiovasculares e doença renal terminal, do que qualquer um dos factores isoladamente, afirmou o médico cardiologista Joaquim Selen.

Falando durante uma apresentação no congresso de cardiologia sobre o tema o doente com hipertensão e diabetes, o especialista referiu que na maioria dos casos é necessário utilizar associações de dois ou mais fármacos para obter o desejável controlo da pressão arterial (PA) para valores de 130/80 mmhg.

De acordo com o cardiologista, se argumenta e defende que atingir o valor ideal da PA é mais importante que o fármaco escolhido para a terapêutica inicial nos diabéticos tipo 2, embora a maioria concorde que um antagonista do sistema renina deve ser habitualmente incluído no esquema terapêutico destes doentes.

Segundo Joaquim Selen, a hipertensão foi recentemente identificada como um factor de risco maior para o desenvolvimento tardio de insuficiência cardíaca, habitualmente muitos anos depois do diagnostico de hipertensão.

Salientou que cerca 5 a 10 indivíduos com idade superior a 65 anos são hipertensos e constituem o grupo em que a hipertensão sistolica isolada é mais frequente.

Disse ainda que a prevalência e a incidência da fibrilhação auricular aumenta gradualmente na população hipertensa. "A fibrilhação auricular aumenta o risco de morbilidade cardiovascular de 2 a 5 vezes, com um aumento do risco do AVC embolico”, disse.