Luanda — A UNITA acusa o executivo angolano de conivência com as acções de ilegalidade, cometidas por cidadãos chineses no país. O lider da bancada parlamentar da UNITA, Raul Danda, diz que o seu partido já havia alertado ao governo sobre o perigo que representaria, para a segurança nacional, fazer negócio com a China.

Fonte: VOA

Raul Danda considera que o executivo de José Eduardo dos Santos fez "ouvidos de mercador" e lembra que "o principal produto de exportacao da China é o chinês. Chamamos a atenção do risco em termos no país a Chinatown, a mafia chinesa etc, etc. Mas a resposta que nos foi dada por este executivo é que estava tudo sob controlo".

Hoje, os actos praticados pelos cidadãos asiáticos em Angola vêm "provar que as nossas desconfianças, tinham razão de ser", sublinhou o deputado pela bancada da UNITA

"Os chineses vieram para aqui para nos vender areia, água, para fazer blocos de cimento, etc, etc. Começamos a ver isto", sublinha o parlamentar, para quem pior que isso são os assassinatos protagonizados por cidadãos chineses "ainda por cima com a cobertura das autoridades angolanas".

Os chineses, diz Danda, "fazem isso porque o executivo de Angola deixa que façam". "O chinês não chega aqui, desaloja os angolanos fica com terreno, emprega mão de obra infantil - o que é crime - e não fazem isso tudo sem conhecimento e consentimento até das autoridades angolanas. É gravíssimo", acusa Danda.

E por causa desta gravidade, Raul Danda garante que o seu partido vai interpelar o executivo a comparecer na Assembleia Nacional, para explicar aos angolanos sobre o assunto. "Afinal de contas à China pode-se permitir tudo?" pergunta.