Luanda - O antigo primeiro-ministro de Angola, Marcolino Moco e o observador eleitoral da SADC, Augusto Santana, chumbaram nesta quarta-feira, 31, o relatório sobre as últimas eleições angolanas apresentado em Luanda pela Coligação para Observação Eleitoral. O relatório elaborado por cerca de sete organizações da chamada sociedade civil, aponta  várias irregularidades observadas, mas conclui que as eleições angolanas foram  livre, justas e transparentes.

Fonte: VOA

Moco e Augusto Santana foram convidados pelos observadores para comentar sobre o conteúdo do informe e, em reação, as duas figuras angolanas questionaram a seriedade do conteúdo do documento. Marcolino Moco questionou a  contradição entre  o que os observadores  constataram  e as conclusões do relatório.

“As constatações foram bem feitas e coincidem até com os partidos da oposição  mas as conclusões deviam deixar estes formalismos e não contradizer as constatações., disse. “Eu quando as li  quase decidi que não devia vir para esta cerimônia,” acrescentou

Por sua vez, Augusto Santana, deixou a entender  que o relatório é um   mero exercício de retórica. “Este palavreado de livres e justas,  isso já anda gravado. Qual é a percentagem que de facto observamos para todos batermos palmas de que tudo correu muito bem. O importante é a busca dos consensos necessários ou declarar que as eleições,” disse

Das várias irregularidade apontadas, a coligação de observadores diz ter constatado que alguns partidos não puderam fazer a sua campanha em muitas  localidades, tendo havido tentativas de compra de votos , expulsão de funcionários por pertença a um partido político, violência eleitoral e que houve também o uso de fundos públicos para a campanha eleitoral.

Os observadores afirmam ainda terem constatado mais de 70 casos de recusa de entrada de observadores eleitorais,  43 casos de perseguição ou intimidação  dentro ou próximos  das Assembleia de voto, entre outras constatações.