Luanda - Depois do Novo Jornal ter anunciado em primeira mão a existência de viaturas de marca Jaguar no Porto de Luanda, o mutismo passou a imperar entre os deputados da Assembleia Nacional. Ninguém quis pronunciarse sobre o caso, quando questionados para eventuais esclarecimentos.
Fonte: NJ
Mas uma fonte da Assembleia nacional que não quis identificar-se limitou-se a afirmar, que a casa das leis ainda não aprovou o orçamento para aquisição de meios rolantes protocolares e subsídios de atavio para os deputados.
O Novo Jornal apurou existir envolvimento de influentes figuras ligadas aos meios políticos e empresariais na aquisição destes meios de transporte para posterior venda à Assembleia Nacional.
O NJ apurou ainda que durante o consulado de António Paulo Kassoma este asunto não foi tratado. A notícia criou uma onda de contestação no seio da população que condenou a existência destes meios para os deputados.
Segundo os populares, os angolanos vivem em condições precárias e “não se admite a aquisição de viaturas com estes preços na situação em que o povo está a viver”.
Recorde-se que nas primeiras legislatura (1992/2008) os deputados foram conteplados com dois modelos de viaturas protocolares, nomeadamente cintroen e Audi.
Em Junho de 2010, a Assembleia Nacional renegociou com o Banco de Comércio e Indústria (BCI), uma linha de crédito no valor de 3.21 biliões de kwanzas (equivalente a 35.7 milhões de dólares) para a aquisição de 210 viaturas BMW 535i 2010.
As viaturas foram entregues aos deputados e apresentaram um custo total de 168.9 mil dólares por cada BMW. O orçamento total, de 2010, para aquisição de viaturas destinadas aos deputados, responsáveis, quadros e serviços da Assembleia Nacional, foi de 4.1 biliões de kwanzas (equivalente a 45milhões de dólares).
Após a tomada de posse, na sequência das eleições legislativas de Setembro de 2008, os deputados receberam cada um 11,2 milhões de kwanzas (equivalente a 150 mil dólares ao câmbio do dia), como fundo de instalação, para a aquisição de viatura pessoal e outros fins privados, numa despesa total de 33,9 milhões de dólares.