Ao falar à Angop a propósito do afastamento de Oliveira Gonçalves nos “Palancas Negras”, por maus resultados, explicou que existem treinadores franceses com trabalhos notáveis em África, citando os casos de Roger Lemerre e Bruno Metsu, respectivamente, à frente das selecções do Togo e Senegal.

O ex-ponta de lança do 1º de Agosto, no período 1979-1981, justificou que a opção pelo mercado francês não significa inexistência de técnicos angolanos com competência para dirigir o combinado nacional.

Disse ser verdade que um estrangeiro (francês) com conhecimentos profundos sobre o futebol continental seria sempre melhor, mas esse facto não inviabiliza a hipótese de um angolano ocupar o posto.

Julião Dias disse que acredita na qualidade de alguns treinadores nacionais. Escusando-se a citar nomes, acrescentou que o facto dos técnicos não estarem unidos em associação dificulta a Federação Angolana de Futebol (FAF) na escolha de um deles para o cargo.

O dirigente desportivo, que já jogou pelo Mambroa, actual Benfica do Huambo, na época de 1982 e 1987, e no extinto Sporting de Luanda (1988-1989), referiu que a FAF também está a contribuir para as incertezas criadas em torno da indicação do novo seleccionador.


Na sua opinião, trata-se de uma decisão que devia ter sido tomada logo após ao afastamento de Oliveira Gonçalves.

Fonte: Angop