Luanda – A elevada sinistralidade rodoviária em Angola constitui uma pandemia, disse nesta terça-feira, 13, em Luanda, o director nacional adjunto de Viação e Trânsito, face à media diária de 12,1 vítimas mortais nos primeiros 10 meses do ano. As 3.693 vítimas mortais e os 13.760 feridos registados entre Janeiro e Outubro dizem respeito aos 14.226 acidentes de viação registados pela polícia angolana.
Fonte: Lusa
Aquele valor constitui o mais elevado de sempre desde a independência do país, em 1975, disse o subcomissário Conceição Gomes. Segundo aquele responsável, a muito elevada taxa de sinistralidade rodoviária em Angola constitui uma pandemia nacional e representa já a segunda causa de morte depois da malária, com tendência para ser a primeira.
Conceição Gomes lamentou que até ao final do ano as autoridades rodoviárias vaticinem um aumento do número de acidentes e mortes, porque "infelizmente as pessoas perderam o bom senso e descredibilizam a sua própria segurança".
Aquele responsável lamentou ainda que os condutores aproveitem o bom estado das estradas para desrespeitarem as regras de trânsito, transformando-as em "pistas de corrida".
"E quando não avaliamos bem o ambiente rodoviário acontecem os acidentes que temos vindo a assistir nos últimos anos", referiu Conceição Gomes, acrescentando que as campanhas de sensibilização levadas a cabo pela direcção de trânsito visam fazer as pessoas compreenderem que a prevenção é uma "necessidade vital".
De acordo com o director adjunto da DNVT, o departamento de Segurança de Trânsito e Prevenção Rodoviária tem realizado várias campanhas de sensibilização, realçando que está em curso desde Setembro a segunda fase da campanha sobre o uso de capacetes, dirigida aos motociclistas, apontados como um dos maiores causadores de acidentes nas estradas do país.
De sexta-feira a domingo, a DNVT promove a "feira do acidente", que visa assinalar o dia 18 de Novembro, data instituída pelas Nações Unidas para homenagear as vítimas das estradas, que em Luanda terá lugar no Largo da Família.
Ainda para assinalar a data será realizada no domingo uma marcha de repúdio aos acidentes, num percurso de cerca de dois quilómetros, que parte da Unidade Operativa de Luanda até à estátua do motorista, na avenida Deolinda Rodrigues. Dados de 2011, situavam Angola como o país com a terceira taxa de sinistralidade rodoviária mais elevada do mundo, depois do Irão e da Serra Leoa.
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