Luanda – Alguns taxistas da urbe luandense estão, desde as primeiras horas desta quarta-feira, 14, a cobrar 200 kwanzas por corrida, ao invés dos 100 firmados oficialmente pela Direcção Nacional de Preços e Concorrência do Ministério das Finanças, com o conhecimento da Associação dos Taxistas de Luanda (ATL).
Fonte: Angop
Na periferia da capital, a maior parte dos taxistas, vulgo candongueiros, aumentou os preços da corrida e reduziram as distâncias alegando o mau estado das estradas e as longas filas de viaturas (engarrafamento), devido à forte chuva desta madrugada sobre a cidade capital.
O troço rodoviário Gamek/Golfe II, por exemplo, era antes percorrido em toda a sua extensão, uma situação que agora não se verifica pois os taxistas"partiram" o percurso, fazendo agora Gamek/Lixeira, Lixeira/Golfe II, enquanto os do Golfe I (Avô Cumbi) fazem agora o trajecto até a escola Angola e Cuba para depois seguirem para os Congolenses.
Os passageiros saídos do Avô Cumbi com destino ao aeroporto têm de se desdobrar em duas fases também, parando na escola Angola e Cuba e no Kassequel para depois retomarem a marcha que lhes permita atingirem o seu objectivo.
Os taxistas saídos do aeroporto com destino ao São Paulo cobram 200 kwanzas, não importando o local de descida do passageiro, mesmo que chegue apenas até à paragem do José Pirão, vulgo "Pau da Cobra". Quem sobe para o veículo nesta altura paga 100 até a paragem do São Paulo.
Quem sai da Sapu (Calemba II) para o Avô Cumbi, um troço antes percorrido na sua totalidade, têm agora de dividir a sua corrida em duas, parando necessariamente no Golfe II, onde deverá apanhar um táxi capaz de lhe fazer chegar ao seu destino.
Para se viajar de Viana aos Congolenses os passageiros estão sujeitos a gastar de 500 a 700 kwanzas, pois da Vila até a Estalagem constitui um trajecto, dalí até ao desvio Frescangol outro, sendo ainda necessário apanhar outro táxi para se chegar ao FTU e por fim outro para os Congolenses.
Aos passageiros com pretensão de chegar ao município da Maianga têm de parar um pouco depois do Largo 1º de Maio, ou na Sagrada Família, e só depois pegar outro táxi que lhes leve até a paragem da Maianga.
Alguns passageiros interpelados apelam à ATL, bem como a Direcção Nacional de Preços e Concorrência do Ministério das Finanças a procurarem sensibilizar os taxistas para se inverter o actual quadro.
Por sua vez, o presidente da Associação dos Taxistas de Luanda (ATL), Manuel Faustino, disse ser uma infracção cometida a alteração da tarifa do táxi que é, actualmente, de 100 kwanzas. “Só podemos subir o preço do táxi depois de termos uma estrutura de custo devidamente elaborada, porque o preço do táxi afecta uma grande camada da população que é de baixo rendimento”, acentuou.
O líder da ATL esclareceu que para haver uma alteração de preço deve ser previamente concertado com os sócios e, posteriormente, discutido e acertado com o Ministério da Finanças para ser resolvido de forma consensual.
Manuel Faustino reconheceu a existência de taxistas que, quando chove, encurtam as rotas, cobrando duas ou mais vezes, uma situação que a associação não permite e por não ter competência para punir denuncia a Polícia.
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