Londres - O embaixador de Angola no Reino Unido da Grã Bretanhã e Irlanda do Norte, Muiguel Fernades Neto, apontou que o relançamento da cooperação entre os dois países deverá ter como foco principal a agricultura, educação ciência e tecnologia, saúde e turismo.

Fonte: Angop

O diplomata expos esta questão numa audiência concedida no Foreign & Commonwealth Office (FCO), pelo ministro britânico dos Negócios Estrangeiros para África, Mark Simmonds, a quem transmitiu o interesse de manter as melhores relações com o Reino Unido, num momento em que a situação política do país é estável e a economia tem vindo a registar um rápido crescimento.

 
Disse haver necessidade de se trabalhar no sentido do relançamento do processo do diálogo multifacetado, visando elevar as relações políticas a nível bilateral, multilateral (concertação sobre a reforma do CS da ONU, conflitos em África e outras regiões do Globo) e a nível das relações comerciais existentes e desta forma estabelecer-se um novo quadro de cooperação bilateral, como factor potenciador da intensificação da cooperação económica entre Angola e o Reino Unido.

 
Miguel G. Fernandes Neto solicitou a Mark Simmond o engajamento do Governo britânico no sentido de persuadir a British Airways a retomar a aplicação do Acordo Comercial assinado com a TAAG, que prevê a utilização semanal pelas duas companhias da rota Luanda – Londres e vice-versa, com dois voos cada.

 
Actualmente a British Airways opera com exclusividade na rota com dois voos semanais, como resultado inicial da insuficiência de meios que a TAAG possuía até 2006, altura em que adquiriu novas unidades para a sua frota e posteriormente, em consequência da suspensão aplicada, em 2007, pela Comissão Europeia à companhia, impedindo-a de voar pela Europa.
 

Mark Simmond disse ter conhecimento do dossier TAAG e referiu que um dos problemas está relacionado com a actual capacidade limitada dos principais aeroportos da região de Londres (Heathrow e Gatwick).
 

Apesar de ser um assunto do sector privado, expressou a sua disponibilidade em trabalhar com as autoridades competentes britânicas neste sentido de maneira a resolver o assunto, a contento das duas companhias e governos.
 

No que concerne às áreas identificadas como foco principal para cooperação económica Mark Simmond disse que vai abordar com as autoridades britânicas, para o impulso destas áreas de interesse e na promoção do investimento britânico em Angola.
 

Sobre a agricultura referiu ser sua pretensão criar laços de cooperação no domínio agrícola entre a sua circunscrição, Boston e Skegness, Lincolnshire e alguma região de Angola com potencial agrícola.
 

No encontro, interveio também o chefe da Direcção África Subsariana do FCO, John Dennis, que integrará a delegação ministerial britânica nque visita, quarta-feira, Angola.
 

John Dennis reafirmou a sua disponibilidade para junto das autoridades aeronáuticas britânicas discutir o dossier TAAG.
 

Aproveitou a oportunidade para questionar o Embaixador Miguel Neto sobre a situação do licenciamento para abertura do Consulado Geral em Londres, tendo feito algumas considerações em relação à localização do imóvel, numa aérea bastante movimentada e
de actividade comercial intensa.

 
Sublinhou a necessidade de se melhorar o serviço de concessão de vistos de entrada em ambos os países.
 


O embaixador referiu que sobre a concessão de vistos o serviço do Sector Consular da Embaixada de Angola no Reino Unido tem melhorado, tendo enfatizado que o período para atribuição de um visto ordinário não excede os 8 dias e que para as empresas do
sector petrolífero não ultrapassa as 72 horas.

 
Lamentou o facto de não se registar a mesma eficácia na Embaixada Britânica em Luanda, onde os nacionais de Angola se têm deparado com bastantes dificuldades (a concessão de um visto para o Reino Unido pode levar mais de trinta dias).
 

Recordou que a parte angolana continua a aguardar a visita do secretário de Estado William Hague, a República de Angola em retribuição da visita do seu Georges Rebelo Pinto Chikoti, ministro das Relações Exteriores da República de Angola ao Reino Unido da Grã Bretanha Fevereiro de 2012.

 
Entretanto, foi anunciado em Luanda que o ministro para África do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte, Mark Simmonds, inicia esta quarta-feira uma visita de trabalho de 24 horas a Angola no âmbito do reforço das
relações bilaterais.

 
De acordo com uma nota de imprensa da Embaixada do Reino Unido em Angola, o governante britânico considera este país africano como o que maior desenvolvimento e crescimento económico tem registado no continete africano nos últimos dez anos.

 
Durante a sua visita Mark Simmonds irá abordar com as autoridades angolanas e sociedade civil questões relacionadas ao investimento, cooperação e troca de experiências.
 

 
O seu principal foco de actividades será a cooperação na área de investimentos em África e troca de experiências comerciais.
 

O ministro do Reino Unido desloca-se pela primeira vez a Angola.