Luanda -  O Jornal de Angola (JA) deverá ser chamado proximamente ao Tribunal Cível de Luanda para responder a uma acção de indemnização por difamação e calúnia que lhe está a ser movida por Horácio da Mesquita, um conhecido confrade das artes gráficas angolanas, na sequência de um virulento texto de opinião contra a sua pessoa, publicado nas colunas do oficioso matutino e assinado por Artur Queiroz (AQ).

Fonte: sindicatodosjornalistasangolanos.org

O autor do polémico texto é neste momento considerado o segundo homem mais importante na hierarquia editorial do diário estatal, apesar de não figurar no seu genérico, com nenhum cargo mais específico em termos de direcção.


No referido artigo o queixoso, que curiosamente também é trabalhador do JA , é tratado de “soldadinho Horácio”  e acusado várias vezes de ser um mentiroso deslavado numa intempestiva reacção de AQ  à declarações suas publicadas em Novembro no semanário “O País” sobre os acontecimentos relacionados com a histórica Batalha de Kifangondo em 1975.


Horácio da Mesquita que viu ser-lhe recusado liminarmente pela direcção do JA o direito de resposta, accionou igualmente as instâncias judiciais no sentido de conseguir a publicação coerciva do mesmo, o que poderá acontecer a qualquer momento, de acordo com as fontes deste Site.


Importa referir que muito recentemente, isto é, há pouco mais de dois meses, o Jornal de Angola foi obrigado, a título de indemnização, a pagar cerca de 20 mil dólares ao advogado Miguel Francisco(Michel), depois deste lhe ter movido uma acção cível relacionada com a recusa do periódico liderado por José Ribeiro, em publicar um simples anuncio publicitário que já estava pago. O anuncio em causa tinha a ver com a venda do seu livro “A Nuvem Negra”, cuja temática está relacionado com os acontecimentos do 27 de Maio, tendo sido o primeiro a ser escrito em Angola sobre a referida tragédia.

Este Site soube igualmente que ainda este ano o Jornal de Angola, igualmente por força de duas decisões judiciais, foi obrigado a pagar mais de 300 mil dólares a dois colaboradores portugueses que viram na altura, já lá vão pelo menos dois anos, os seus contratos serem denunciados de forma irregular, na sequência de alguns desentendimentos registados entre as partes e que culminou com o afastamento compulsivo dos mesmos por razões distintas.