Montreal  - Os comentaristas, analistas ou vulgos “GRECIMAS” com responsabilidades acrescidas nos espaços de opinião na TPA e RNA e não só - Jornal de Angola … -,  são definidos cientificamente como Spin-Doctors. Literariamente em português significa “Uma pessoa ou grupo que divulga interpretações favoráveis das palavras e acções de uma figura pública, ou fornece uma inclinação favorável a um item de notícias, política potencialmente impopular em nome de uma personalidade ou um partido político.


Fonte: Club-k.net

“Spin é uma forma de propaganda”

Com base da definição cientifica no epigrafo anterior, só nos resta adiantar que quando a TPA e RNA mutila a lei do contraditório privilegiando assim, “UMA CORRENTE” de pensamento indirectamente comunga com os pontos chaves que definem as premissas da lei de “SPIN-DOCTORS”.


Portanto, a exclusão de diferentes formas de pensamentos nestes médias do povo não é mera coincidência. A alegada  carência/dificuldades de encontrarem outros analistas competentes é uma justificação sem punho crédivel. Hora vejamos: O GRECIMA é por excelência o órgão criado pelo aparelho do estado de José Eduardo do Santos, com o propósito de vincular as mestrias/acções do governo promovendo ao mesmo tempo  a imagem/culto da personalidade do actual presidente. É de salientar que é o aparelho central do governo  que goza das prorrogativas de nomear/escolher a direcção central destes órgãos.


Dando sequência ao parágrafo anterior, é evidente que nenhum membro da direcção destes órgãos teria a moral de contrariar o colégio que o elegeu. Assim sendo, a linha editorial teria que obedecer os interesses do aparelho central do estado. Uma vez mas, esta patente o conflito e consequências do modelo ATIPICO imposto pelo MPLA que ortega todos os poderes  (políticos, legislativos, jurídicos, militares … ) a uma mesma pessoa.


Dito isto, é um facto que as informações filtradas e vinculadas repetidamente nestes meios é parte de um projecto informalmente defendido pela dita constituição em vigor. Quer com isto dizer, que existe uma correlação de forças entre vários níveis que inicia do top do aparelho do estado, passando pelos directores, chefes das redacções, editores até aos repórteres.


Portanto, a lei  de “SPIN-DOCTORES”, em Angola passou a ser  um instrumento constitucional  e com   responsabilidades acrescidas bem definidas.  A direcção da TPA e RNA contribuem usando inapropriadamente os bens do estado.  Os analistas e comentadores participam a título individual com o título de serem os "únicos capacitados”. A GRECIA (GRUPO DE REVITALIZAÇÃO E EXECUÇÃO DA COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL DA ADMINISTRAÇÃO) aparece como organização governamental que coordena, paga e avalia os serviços.


O “cúmulo” da TPA e RNA como órgãos de informação optarem em desvalorizar a realidade da fraca audiência que têm. Ignoram que como  resultado da linha editorial encomendada pela “Cidade Alta”, um número considerável da população simplesmente não acompanha os programas de carácter político-económico por não albergar pensamentos ou visões contrárias das informações habituais. O contraditório é educativo e o ouvinte, telespectador ou leitor é livre de fazer o seu julgamento. Um debate ou análises sobre um tema não poder ser linear e com uma só tendência. Consequentemente, estes fóruns passam a ser propagandísticos e não informativos ou educativos. A saber, a população esclarecida opta em informar-se na internet ou acompanhar outros canais de informação disponíveis via satélite e seria oportuna que os órgãos do estado analisassem as reais causas da pobre aderência.


E para terminar, em relações públicas, “spin é uma forma de propaganda, alcançado através do fornecimento de uma interpretação de um evento ou uma campanha para convencer a opinião pública a favor ou contra uma determinada organização ou figura pública. Enquanto tradicionais relações públicas também podem contar com apresentação criativa dos fatos, "spin", muitas vezes, embora nem sempre, implica tácticas enganosas ou altamente manipuladora.”