Luanda – A entrada ilegal de estrangeiros em Angola é motivo de preocupação para as autoridades policiais, que nesta segunda-feira, 07, fixaram em mais de meio milhar o número de cidadãos estrangeiros detidos no período do Natal e Ano Novo.

Fonte: Lusa

Em conferência de imprensa, o segundo comandante-geral da Polícia Nacional de Angola (PNA), Paulo de Almeida, disse que dos 574 cidadãos estrangeiros detidos, 572 são oriundos da República Democrática do Congo (RDCongo).

O comandante Paulo de Almeida destacou o acidente por capotamento de uma viatura conduzida por um homem ainda não identificado e que se encontra em fuga, ocorrido no domingo à tarde no norte do país, com imigrantes ilegais.

De acordo com a polícia, deste acidente resultaram seis mortos e três feridos, que se encontravam no interior da viatura acidentada. A Agência noticiosa francesa (AFP) noticiou 16 mortos. "Estamos preocupados com a forma como ainda alguns cidadãos entram para o nosso país, de forma tão camuflada como estes que pereceram", disse aquele oficial da PNA.

O acidente ocorreu na província do Zaire e as vítimas pagaram 250 dólares (cerca de 190 euros) ao condutor para as levar até à província de Luanda, presumindo as autoridades policiais que estas integravam uma rede de imigração clandestina.

Numa apreciação global da situação em todo o país, durante o período festivo, Paulo de Almeida caracterizou-a como "estável", com exceção do incidente ocorrido no dia 31 de dezembro, durante a vigília "Dia do Fim", organizada em Luanda pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).

Sobre este caso, o segundo comandante-geral da PNA escusou-se a dizer quantos mortos resultaram deste incidente, remetendo para a Comissão de Inquérito criada pelo Presidente José Eduardo dos Santos, a apresentação de todas as conclusões, incluindo as causas e o número de vítimas mortais.

A IURD fala em 12, enquanto o diário estatal Jornal de Angola escreveu na sua edição de quarta-feira que foram registados 16 mortos e o Governo Provincial de Luanda, citado pela agência Angop, fixou aquele número em treze. O número de feridos apresentado foi sempre igual: cento e vinte. A Comissão de Inquérito criada por José Eduardo dos Santos, e que será coordenada pelo ministro do Interior, Ângelo Tavares, tem 15 dias para apresentar conclusões.