Luanda – O procurador geral da República, João Maria de Sousa, defendeu a aplicação de medidas punitivas e severas para os indivíduos que forem encontrados em posse ilegal de armas de fogo. João Maria de Sousa defendeu tal facto durante a sessão de debate, na especialidade, da proposta de Orçamento Geral Estado (OGE) para 2013, com a coordenação da 1ª e 10ª comissões da Assembleia Nacional.

Fonte: Angop

Segundo o magistrado, tal medida deve-se ao facto de no país existirem muitas armas de fogo que se encontram fora do controle da Polícia Nacional e das Forças Armadas, tornando-se necessário tomar medidas adequadas para que estes meios sejam recolhidos.

Para si, a criminalidade não se combate só com a repressão dos criminosos ou com julgamentos nos tribunais, “caso contrário não vamos conseguir diminuir o índice de criminalidade”, frisou.

Em sua análise, a criminalidade tem origem em vários factores sociais e para que se possa fazer um combate sério dos crimes que mais preocupam a sociedade, como aqueles que são praticados com emprego de armas de fogo e outros meios violentos, é necessário tomar outras medidas que não são da responsabilidade dos órgãos de administração da justiça.

Quanto a esse aspecto, informou que a criminalidade no país sofreu um aumento visível devido a uma série de factores como a guerra, que provocou mudanças nos tecidos sociais e no êxodo populacional.

Quanto ao orçamento atribuído a PGR, João Maria de Sousa disse que foram ouvidos, em parte, nas suas preocupações, uma vez que as procuradorias provinciais viram subir as quotas para as despesas de funcionamento no OGE de 2013.