Luanda  - De acordo com uma  sabedoria popular: “Quem não deve não teme”. A Procuradoria-Geral da República veio a público provar, exactamente isso – “são falsas e caluniosas as informações divulgadas pelo site, Club-K”. Até aí tudo bem, mas o ponto discordante é não permitir que quem quer que seja reporte a notícia que motivou a reacção.

Fonte: Angolense

“Nada cai do céu”, dizia um dos conhecidos músicos da nossa praça. Nesta linha de pensamento, ao se tornar público um comunicado versus contraditório, o leitor, como é óbvio, quererá saber o que terá se passado. Ao “obrigar” que ninguém reporte o “polémico” artigo do Club-k referente aos dinheiros extraviados do BNA.


Sem essa evocação estaríamos a alimentar a especulação e ao mesmo tempo a despertar a curiosidade do leitor, do ouvinte ou do telespectador.


As nossas autoridades nos acostumaram a esta prática – dar a versão da moeda sem contudo explicar com detalhes o que terá de facto acontecido.


“Quem já está na chuva não deve ter receio de permanecer nela”, dizia um velho amigo. A verdade foi reposta – mas o leitor precisa estar informado. eacção em relação a quê, houve calúnia e difamação, mas em relação a quem?

Acho que temos que cultivar o hábito de esclarecer os factos como tal, sob pena de se deixar o cidadão ainda mais confundido – nada mais senão permitir que o cidadão tenha acesso a informação primária e o respectivo contraditório, que no caso em abordagem não será possível sob pena de incorrermos em um processo judicial de acordo com o comunicado da Procuradoria-Geral da República, um “veto” que em jornalismo tem outra interpretação… qual notícia sem “Lead” (o primeiro paragrafo da notícia)?

* Editor do Jornal Angolense