Luanda  — Os relatos sobre casos de violações dos direitos humanos em Angola estão a preocupar sobremaneira os membros da sociedade civil que responsabilizam as autoridades, uma vez que a maioria dos factos noticiados envolve oficiais e agentes ligados ao Ministério do Interior.

Fonte: VOA

Exemplos recentes que deixaram a sociedade angola em estado de choque têm a ver com os casos de tortura de reclusos da cadeia localizada no município de Viana cuja autoria é atribuída aos agentes prisionais.


Os assassinatos de sete jovens no município do Cacuaco, para além das demolições de residências, sem aviso prévio, e a tortura contra duas senhoras num centro comercial nos arredores de Luanda.

 

As autoridades angolanas já vieram a público condenar o sucedido e apresentar a sua versão sobre estes e outros casos alguns do quais foram enviados ao Ministério Publico para a instrução dos respectivos processos criminais.


No princípio do mês de Fevereiro a Amnistia denunciou a demolição de casas e a expulsão de milhares de famílias no bairro Maiombe, no município do Cacuaco, e Luanda, uma acção atribuída a elementos do exército e da polícia de intervenção rápida.


O presidente da Liga Internacional dos Direitos Humanos e Ambiente, classifica o quadro como sendo bastante preocupante.


As organizações da sociedade civil revelam que, nos últimos dias, Angola tem vindo a registar casos preocupantes de violação dos direitos humanos que colocam o país numa situação de insegurança permanente.


Para nos falar sobre o assunto, ouvimos João Castro, presidente da Liga Internacional de Defesa dos Direitos Humanos e Ambiente e Francisco Tunga Alberto, secretário executivo do Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos.