Luanda – Angola não teria registado o conflito armado que devastou o país durante décadas se fossem acatados os apelos de Jonas Savimbi, à paz e concórdia entre os três movimentos de libertação de Angola, a afirmação é do secretário provincial de Luanda da UNITA.

Fonte: UNITA

Fonseca Chindondo que falava aos militantes do seu partido em Viana, no âmbito da semana de reflexão sobre a vida e obra do Dr. Savimbi, responsabilizou o MPLA pelo eclodir da guerra civil, que inviabilizou a realização daquelas que seriam as primeiras eleições na história de Angola, que deveriam ter tido lugar em Outubro de 1975, segundo o espírito do Acordo de Alvor.

Para o alto dirigente da UNITA em Luanda, foi o MPLA que lançou no país a semente da exclusão que até nos dias de hoje dificulta a convivência entre os angolanos e marginaliza uma boa porção da população de Angola.

Falando sobre a trajectória política, diplomática e militar de Jonas Malheiro Savimbi, Fonseca Chindondo destacou os aspectos mais marcantes, tendo adiantado que o seu pensamento político vai continuar a nortear os angolanos por várias gerações.

O seu despertar para a luta multiforme contra a dominação colonial portuguesa, a sua militância na UPA-FNLA e a sua devoção à causa do Governo Revolucionário de Angola no Exilio – GRAE revelaram a determinação de um homem político visionário inconformado com o sofrimento do seu povo e decidido a dar o seu contributo a autodeterminação dos povos.

A fundação da UNITA em 1966 no Muangai correspondeu a materialização de um projecto vocacionado na realização do angolano e a adopção do princípio da direcção no interior do país em contacto com as massas do povo e de soldados e de contar essencialmente com as nossas forças constituíram diferenciais estratégicos, que determinaram um novo rumo à luta de libertação nacional.

Fonseca Chindondo recordou o papel desempenhado por Jonas Savimbi na luta contra o expansionismo soviético em África e para a implantação da democracia multipartidária em Angola. Lamentando os obstáculos que o MPLA vai impondo ao processo de democrático angolano, reafirmado a determinação da UNITA em tornar Angola num verdadeiro estado democrático de direito.

Os militantes da UNITA aproveitaram a jornada para solicitar que se faça justiça aos pais da independência de Angola, erguendo-se também monumentos à memória de Jonas Savimbi e Holden Roberto. O funeral condigno aos restos mortais de Jonas Savimbi foi outro assunto questionado por militantes do galo negro que queiram saber os passos dados para a realização do mesmo, volvidos que são 11 anos.

As comemorações do 11º aniversário da morte em combate do presidente-fundador da UNITA decorrem sob o lema “Jonas Malheiro Savimbi, fonte inesgotável de inspiração para a realização plena do Angolano (1º o Angolano; 2º o Angolano; 3º o Angolano, o Angolano Sempre!).