Lisboa – José Filomeno dos Santos “Zenu” revela a individualidades estrangeiras que o abordam um discurso “pouco comprometedor” entendido como “de diversão”  destinado a desanuviar o debate quanto a rumores da sua possível preparação para a linha de sucessão presidencial em Angola.

Fonte: Club-k.net

Revela que o pai não fala com ele sobre política

Nas interpelações que tem  tido com as referidas individualidades, Zenu faz notar que o seu progenitor não aborda questões de pendor político com os filhos, e nega que esteja a ser  preparado. Faz igualmente saber que não esta na política activa, mas que é apenas um simples militante do MPLA, o partido no poder desde 1975.

Respeitante a questão que o colocam segundo ao qual o seu pai teria incorrido a práticas de nepotismo ao colocar-lhe na gestão do Fundo Soberano, o jovem gestor nega tais acusações e atribui a sua nomeação como uma iniciativa do ministro das Finanças, Carlos Alberto.

A nomeação de José Filomeno dos Santos “Zenu” para estar a frente do Fundo Petrolífero (agora soberano), foi sempre vista em meios políticos angolanos como forma de o seu pai  lhe familiarizar com  dossiê da vida política e económica do país, e consequentemente perfilar na linha de sucessão presidencial, num futuro próximo.

“Zenu” tem consciência de que a sua própria confirmação como sucessor na presidência angolana, precipitaria sentimentos de reservas tanto na sociedade angolana, como no seio do MPLA, tendo em conta ao antecedente da cultura africana.

As observações, segundo as quais, o seu discurso seja de diversão é apoiado em contrariedades verificadas no antecedente e pontos  a saber:

- Alega ter sido nomeado pelo ministro das Finanças; o que contraria com a legislação que determina que os Conselhos de Administração de empresas públicas são nomeados pelo Presidente da República e não pelos ministros. O Fundo Petrolífero foi criado pelo PR através do decreto presidencial n.º 48/11, de 9 de Março.

- Da entender que esteja desligado, ou desentendido, as supostas intenções de o prepararem para desafios políticos para o futuro. Porém há cerca de seis anos, num jantar com amigos foi lhe indagado se aceitaria, tais propostas “presidencialistas” e o mesmo respondeu que “era patriota e que estará sempre ao serviço do país”.

- Assume ser um simples militante do MPLA, sem participação activa, porém reapareceu no 4º Congresso Extraordinário do partido governante, que era destinado para militantes activos e para os delegados que participaram no Congresso de 2009, onde  “Zenu” se fez ausente.

- Estabeleceu alianças dentro da JMPLA, o seu principal aliado é Alberto Mendes, secretário nacional para a área de estudos e assuntos económicos, e que agora é presidente da Sociedade Kwanza - Gestão de Participações Empresariais S.A,  o braço empresarial de “Zenu” .

- A 28 de Novembro de 2012, o seu pai foi questionado sobre o tema da sucessão presidencial pelo então embaixador da Federação Russa em Angola, Serguey Nenáchev e JES replicou que “estamos a experimentar algumas pessoas”. A percepção com que JES deixou transparecer é que para além de Manuel Vicente que é visto como o favorito na linha de sucessão presidencial, o líder do MPLA, estará a contar com “uma outra pessoa”, a qual  se aponta José Filomeno dos Santos “Zenu”.


Para um cenário de se colocar  Zenu como sucessor presidencial, JES segundo estimativas precisaria de dois mandatos presidências para preparar o filho.   A segunda hipótese seria, o PR,  colocar Manuel Vicente como  cabeça de lista  as eleições de  2017  com Zenu como seu vice,  e ele, JES  ficaria apenas na liderança do partido.  A nova constituição angolana    facilita  que o Presidente da República tenha a cima de si, o Presidente do seu partido.