Paris - A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola, Sonangol, foi considerada a segunda maior empresa de África num estudo divulgado durante a última semana em Paris pela revista Jeune Afrique. O estudo avaliou cerca de 500 empresas africanas ou sedeadas em África e, pelo segundo ano consecutivo, a Sonangol aparece nessa posição, atrás da Sonatrach, empresa de combustíveis da Argélia.

Fonte: Angop


Segundo o estudo, estas duas empresas apresentam resultados bastante sólidos que lhes permite estar entre as 500 maiores empresas do mundo e o seu estatuto só não se consolida mais devido ao facto de não estarem cotadas em bolsas.

Além da Sonangol, outras empresas angolanas (ou a operarem em Angola) aparecem no referido estudo, nomeadamente a Total E&P Angola na 50ª posição, Endiama na 128ª posição – subindo vinte duas posições em relação ao estudo de 2012 – assim como Catoca Sociedade Mineira na 227ª posição.

Ao referir-se sobre a metodologia de elaboração do estudo, o board da Jeune Afrique esclarece que o estudo se baseia nos resultados financeiros detalhados fornecidos pelas empresas. Houve um trabalho de apuramento e selecção de mais de seis mil empresas que permitiu que se chegasse às 500 maiores companhias africanas ou que operam em África. Os cálculos são considerados em dólares com base na taxa de câmbio do dia 31 de Dezembro de 2011.

Entre as leituras que se podem fazer ao estudo publicado numa edição especial desta semanário africano que se publica em Paris está a confirmação da hegemonia da economia sul-africana ante uma certa estagnação da Nigéria. As empresas do Egipto Tunísia e Líbia enfrentaram dificuldades devido aos condicionamentos políticos e algumas empresas perderam posições ou foram excluídas do ranking ao mesmo tempo que os países da África Sub-sahariana parecem estar a entrar para a economia de mercado.

Além de uma classificação global, as 500 empresas foram também repartidas em sub-regiões (África do Norte, África Ocidental, África Austral e Oceano Indico, África Oriental e África Central) e por sectores (Agronegócios, hidrocarbonetos, industrias extractivas, Telecomunicações, Distribuição e Transportes.

Em finais de 2012, essa publicação havia feito um estudo dedicado apenas à banca e aos seguros onde pontificavam igualmente alguns bancos e seguradoras angolanas.