Benguela - Cada um no seu espaço, José Kaliengue nos comentários dos títulos dos jornais próximos ao executivo e Salvador Carima  no seu habitual “mais cidadania” emprestaram esta semana ao jornalismo angolano a marca do caos a que a nobre profissão está a trilhar nos últimos anos refém da nova gang que amordaça todos os dias os defensores de uma imprensa livre e plural.

 Fonte: Club-k.net

Comentando a polémica da queixa-crime da unita contra o PR e seus colaboradores sobre a alegada fraude eleitoral.

 

JK entende que o gesto não faz sentido porque as instituições idóneas da sociedade civil angolana e a própria Unita sabiam que não ganhariam as eleições de 2012 e uma queixa contra a fraude eleitoral não faz qualquer sentido.

  

Que a atitude da unita tinha como único objectivo irritar o MPLA. Nestes termos JK deixou no ar várias interpretações no julgar de quem ouviu o seu ponto de vista.

 

1.º A disputa eleitoral confina-se exclusivamente a vitoria? Não foi ideia corrente no seio de vários sectores da sociedade civil inclusive nas hostes das simpatias do Mpla de que um parlamento mais equilibrado seria benéfico para o desenvolvimento do país? E como seria isto materializado? Não seria através do voto? E os resultados da Casa como surpresa, não provam que numa disputa eleitoral os resultados são imprevisíveis?

 

2.º Fora deste cenário, tudo leva a crer que JK é então partidário dos defensores de que o processo eleitoral já estava viciado com base em todas as informações avançadas pela oposição, sociedade civil e sectores da comunidade internacional, e que logo a Unita e os demais partidos da oposição já sabiam que não tinham hipóteses de as ganhar como afirmou.

Mais Cidadania

Tendo como convidado um jovem do movimento revolucionário SC ultrapassou a sensatez do jornalismo e fez questão deixar claro que a sua estação emissora é obra da estratégia de comunicação social do partido governante.

 

 SC abandalhou como se diz na gíria o putu “revu” de forma petulante e arrogante. Corrigiu no “ar” expressões linguísticas utilizadas pelo seu convidado, fazendo a imagem de ser um bom falante da língua de Camões perdendo assim a ética profissional, um cenário que certamente não o faria se o convidado fosse o movimento espontâneo ou a Ajapraz.

 No espaço de duas horas SC absorveu o maior tempo, onde o mesmo confundia-se como pivot e defensor do executivo angolano, silenciando assim o seu convidado que dificilmente terminava o seu raciocínio, numa autêntica inversão profissional no formato do género.

 

 A observação do seu convidado sobre a falta de liberdade de expressão em Angola através da comunicação social pública e o pouco investimento na educação foi prontamente respondida pelo pivot do programa (SC).

 

 Sobre a critica a liberdade de expressão: SC questionou ao jovem “revolucionário” se o facto do EUA proibirem a divulgação de fotos dos soldados americanos e equipamento de guerra se poderia considerar o país de Obama sem liberdade de expressão?

 

Com este golpe cobarde ao seu convidado SC, fez crer que Angola tem a liberdade de expressão de acordo ao seu nível de desenvolvimento e que está no bom caminho. Como exemplo o Pivot da RM afirmou como é que não a liberdade de expressão em Angola quando o Club-K veicula informações citando fontes dos serviços de segurança e dois semanários (um é o Folha 8 e quem será o outro?) criticam sem fundamentos com calúnias invadem a figura do Pr e altos dirigentes do país e os referidos jornalistas, andam a vontade, saiem e entram no país sem que nada lhes aconteça?

 

O show do sc atingiu o seu ponto mais alto quando afirmou que era simpatizante do Mpla e defendia as suas teses de governação e que isto lhe tem valido insultos como: bajulador, sinfo e defensor do regime e citando um amigo seu adiantou que os que assim pensam não têm cérebro.

 

Com este pronunciamento SC tinha finalmente despido a sua mascara e só assim se justificava os “maus-tratos” ao seu convidado numa estação de rádio surgida dos ideondos esquemas de saque ao erário público para fins pessoais.

 

Durante o programa SC recebeu insultos e apupos dos ouvintes por SMS que não os conseguiu ler na totalidade como é regra no referido programa, limitando-se afirmar que foram enviados por pessoas sem cérebro.