Londres - Sectores administrativos da diplomacia angolana continuam a observar escândalos provocados por denúncias sobre irregularidades nas redes consulares.  Desta vez trata-se do consulado geral de Angola no "Rio de Janeiro", Brasil, onde o seu vice-cônsul, Pedro de Oliveira, encontra-se em vias de ser exonerado. O mesmo é referenciado como "vítima de intrigas e faltas de respeito", provocadas pela vice-cônsul e chefe do sector consular, Beatriz Rodrigues.

Fonte: Club-k.net

Beatriz Rodrigues é apontada como detentora de uma empresa de "prestação de serviços" para aquisição de vistos de trabalho, fixação de residência, ordinários e de turismo.

De acordo com precedentes, a  mesma já teve o mesmo comportamento (de faltas de respeito e intrigas) no consulado geral de Angola no Baixo-Congo, RDCongo, onde apoderou-se dos bens do Estado angolano. Alude-se que  por gozar de influências com altos funcionários do MIREX e, o seu marido ser o chefe-adjunto do cerimonial do vice-Presidente da República, nunca foi para lá nenhuma inspecção.

Fontes deste portal no MIREX, informam que o Joaquim Barroso de Belo Mangueira, professor universitário e conhecedor da casa, será o provável cônsul geral de Angola em São Paulo e  Vieira Lopes, no Porto (Portugal).

MINISTÉRIOS ENVOLVIDOS NOS NEGÓCIOS DOS VISTOS

De acordo com denuncia, os ministérios da Construção e Indústria são os sectores que mais emitem pareceres favoráveis para abtenção de vistos de trabalho. Os trabalhadores responsáveis são acusados de cobrarem somas exorbitantes para darem o parecer favorável ao visto. Mas, as pessoas temem denunciar para não sofrerem represálias. Fala-se em mais de mil dólares sobrados por cada parecer que depois segue para o SME, onde a cobrança é muito maior.