Luanda - O Embaixador americano, Christopher McMullen saiu da Embaixada para constatar e tomar contacto com a organização caloira CASA-CE que numa velocidade do cruzeiro, se transformou num fenómeno político, mais do que isso, numa curiosidade. Fenómeno interessante de se estudar, curiosidade digna de se apreciar. Seus detractores a davam moribunda.

Fonte: Club-k.net

Agora, depois das arracandas imparáveis de Chivukuvuku no contacto directo com os cidadãos nos bairros e mercados de Luanda, estes mesmos rogam a todos os demónios para que tudo se esboroe. Ao contrário, a aceleração empreendida está contida num movimento uniformemente acelerado e a meta traçada é 2015, cabo, 2017.


A visita do embaixador às instalações da Sede Nacional da CASA-CE, de onde partiu no final a pé até as instalações do Grupo Parlamentar da CASA-CE, ocorreu na manhã do dia 20 de Abril de 2013. Prevista para apenas uma hora, durou o dobro e atraiu a atenção da maioria dos
órgãos nacionais e internacionais presentes em Angola, numa constelação de mais de 20 jornalistas.


O Embaixador pelo seu estado anímico e pela forma como tardou nos pormenores da visita, deu a perceber sua grande satisfação. Num Dístico exposto na parede, a ilustrar as etapas das Jornadas de Campo de Kilamba-Kiaxi e Viana/ Zango I, o Embaixador parou e apontou fotos que retratam Abel Chivukuvuku, mergulhado na plena realidade tristonha e repugnante daqueles angolanos atirados naquele Tarrafal nauseabundo dos zangos, maltratados e humilhados em todos os aspectos, faz já 4 anos. O mais revoltante é a forma como o Governo do MPLA gere o Dossier. Humanamente falando, aquela gente sofre para valer e está nos limites do suportável e admissível em pleno Século XXI.


Mas, indo estritamente no essencial da visita, Christopher McMullen depois de agradecer o gesto de Chivukuvuku ao ter aceite o pedido da Embaixada para a realização da visita, disse ter ficado surpreendido e convencido pelo que viu e ouviu. Em Off soube-se, falaram sobre o processo democrático em Angola, passaram em revista as polémicas eleições de 31 de Agosto, envoltas e manchadas de escandalosas fraudes que deram maioria esmagadora ao MPLA; falaram do como foi possível este avanço fulgurante da CASA-CE em tão-pouco tempo; dos programas e planos futuros da direcção da CASA-CE, nos mais diversos quadrantes da vida politica, social, económica e das relações internacionais, certamente também das preparativos e objectivos do 1° Congresso Extraordinário de 02 de Abril próximo.


Muito mais foi aprofundado sobre as eleições autárquicas de 2015, segundo ele, de suma importância e que permite a consolidação da Democracia; a estabilidade social e mais do que tudo a implicação e o engajamento directo do cidadão na condução dos seus destinos a partir da sua própria localidade, e no âmbito da Democracia Participativa, sobretudo nesta etapa de transição de Angola.


Neste quadro, o Embaixador garante que os EUA estão atentos, prometem apoiar este processo e ajudar o povo angolano na medida do possível. Na sua lógica: “A Democracia é uma luta pacífica, logo temos de lutar pacificamente cada dia para manter o processo”, isto quando fez referência ao que acontece neste momento nos EUA com o debate no Congresso sobre o Orçamento Geral e o Problema Fiscal, como ganhos da Democracia, Transparência, Boa-governança e o envolvimento directo dos cidadãos estadunidenses na hora da tomada de decisões.


Daí a preocupação dos EUA colocarem como prioridade este acompanhamento aproximado que se traduz em conhecer os partidos responsabilizados nas eleições, onde a CASA-CE foi priorizada pelo seu empenho. Logo, conhecer as organizações politicas, suas estruturas, seu funcionamento orgânico, e os projectos, é muito importante, considerou o Embaixador.


Um outro ponto focado na mini-conferência de imprensa realizada no pátio da Sede, em função de uma questão colocada pelo jornalista da RTP, foi a manifesta inquietação dos investidores e empresários americanos quanto a falta de transparência e de algum modo seriedade dos homólogos angolanos. O Embaixador evocou como um dos motivos desta inquietude a falta de informação e conhecimento sobre os países africanos nos mais variados domínios, um défice que os EUA têm no geral e que joga em vantagem para os países europeus colonizadores, superados agora pela China que se lançou para este Mar de olhos fechados fazendo jorrar biliões de Dólares, sem medir riscos.


Logo depois de responder as questões dos jornalistas, Christopher McMullen rumou a pé até a sede do Grupo Parlamentar, onde igualmente conferenciou com os representantes da CASA-CE na Assembleia Nacional e falaram de aspectos ligados aos deveres e obrigações dos deputados,
das dificuldades encontradas neste exercício e nesta legislação, assim como dos grandes dossiês em discussão.