Quito  - Os índices de desenvolvimento macroeconómico registados por Angola permitiram que o Comité de Política e de Desenvolvimento do Conselho Económico e Social das Nações Unidas considerasse o país ilegível para exclusão da lista dos Países Menos Avançados, a partir de 2015.

Fonte: Angop

O facto foi expresso pelo presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, quando discursava hoje, sábado, na 128ª Assembleia Geral da União Interparlamentar, que decorre desde sexta-feira, em Quito, Equador.

 
De acordo com o presidente, isto foi possível porque ao assumir em 2000, o compromisso com os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio, o Estado angolano estava consciente dos grandes desafios a enfrentar para obter, em pouco menos de uma década e meia, avanços significativos na qualidade de vida da população.

 
Sublinhou que o Governo angolano promoveu níveis suficientemente fortes de desenvolvimento, num ambiente aonde prevaleciam os efeitos de um longo período de instabilidade militar.
 

Perante mais de mil deputados vindo de 161 países do mundo, o presidente do parlamento sustentou que as estratégias adoptadas pelo Executivo angolano foram a definição e redefinição de políticas públicas e dos objectivos estratégicos dos planos de desenvolvimento e a melhoria da capacidade de implementação e acompanhamento de projectos e acções de impacto social, visando igualmente a persecução dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio.

 
Realçou que os resultados dessas decisões já se fazem sentir, daí a projecção do Comité de Política e de Desenvolvimento do Conselho Económico e Social das Nações Unidas.  “Estamos conscientes de que ainda existe um longo caminho a percorrer de modo que as altas taxas de crescimento registadas nos últimos anos se reflictam de forma efectiva, gradual e sistemática na melhoria da qualidade de vida do povo angolano”, assumiu.

 
Isto, prosseguiu, deverá passar por uma melhor distribuição do rendimento nacional, o aumento dos níveis de emprego, em particular dos jovens e, de maiores e melhores investimentos no domínio da assistência social.

 
Afirmou que Angola teve um ciclo de 10 anos, a partir de 2002, de reformas que culminou com um quadro macroeconómico positivo e capaz de evoluir para reformas mais profundas que constam do plano de desenvolvimento para 2013-2017 e enquadram-se na estratégia do desenvolvimento sustentável, até 2025.
 

“As estratégias políticas aprovadas no presente ano legislativo, visam a consolidação da paz, a construção de uma sociedade democrática e participativa que garanta as liberdades e direitos fundamentais”, deu a conhecer.

 
Apontou a promoção do desenvolvimento sustentável, competitivo e equitativo, da ciência, tecnologia e inovação, bem como a aposta no empreendedorismo,  no sector privado e a inserção competitiva da economia angolana no contexto regional, como sendo outros desafios do Governo.

 
“Toda actividade do executivo visa produzir mais e distribuir melhor, orientando políticas para os grupos de população mais vulneráveis, mormente as mulheres, crianças e idosos”, sublinhou Fernando da Piedade Dias dos Santos.
 

A 128ª Assembleia Geral da União Interparlamentar, que decorre até ao dia 27, tem o centro dos debates o tema "do crescimento implacável ao desenvolvimento resoluto, bem viver: novas abordagens, novas soluções”.