Lisboa - Um administrador de uma empresa portuguesa acusada pela UNITA de coautoria de crimes no processo eleitoral angolano rejeitou hoje as acusações, afirmando que a companhia "não colocou ninguém no Centro de Processamento de Dados" do governo angolano.

Fonte: Lusa

O nome da empresa Sinfic e de seis administradores surge numa queixa-crime entregue na quarta-feira pela UNITA na Procuradoria-geral da República (PGR) de Angola, em que o principal partido da oposição no país acusa sete angolanos, entre os quais dois ministros de Estado, um ministro, um secretário de Estado e três oficiais superiores, de terem praticado, "em coautoria material e em concurso real, sete crimes contra o povo angolano, puníveis pela Lei Penal".


Na queixa-crime, o partido acusa ainda seis portugueses de coautoria dos crimes por serem administradores da sociedade comercial Sistemas de Informação Industriais e Consultoria-Sinfic, sediada em Portugal e que "trabalha sob contrato no Centro de Processamento de Dados do Ministério da Administração do Território".


No entanto, Paulo Amaral, um dos administradores referidos na queixa-crime, afirmou hoje à Lusa que a Sinfic Portugal "não colocou ninguém no centro de dados", como está escrito no documento.


"Não foi daqui ninguém, nunca foi, não está lá ninguém daqui a trabalhar", disse.


Criada em 1990, a Sinfic - Sistemas de Informação Industriais e Consultoria é uma empresa de tecnologias de informação com cerca de 500 colaboradores e um volume de negócios que ascende a mais de 51 milhões de euros, tendo participadas em Angola e Moçambique.