Lisboa – José Eduardo dos Santos, um dos estadistas mais influentes de África não recebeu convite de Barack Obama para tomar parte de uma reunião , na Casa Branca, realizada na passada Quinta -feira (28) ao qual tomaram parte lideres africanos com destaque para o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, a quem o Presidente dos Estados Unidos da América, "elogiou o crescimento económico e as boas práticas governativas" do país.
Fonte: Club-k.net
Para além de José Maria Neves, Obama reuniu-se igualmente com outros três chefes de Estado: da Serra Leoa, Ernst Bai Korom, do Senegal, Macky Sall, e do Malawi, Joyce Banda.
Na Casa Branca, segundo a imprensa estrangeira, Obama fez uma apresentação sobre os temas comuns que unem os Estados Unidos e África e, no final, cada chefe de Estado teve cerca de 10 minutos para abordar os assuntos que mais lhe interessam.
José Maria Neves, diz que Obama "elogiou o caminho feito pelos quatro países" e falou "sobre segurança, democracia, liberdade, boas práticas de governação e sobre a necessidade de estar ao serviço das pessoas, da melhoria da sua qualidade de vida."
"Mostrou-se muito preocupado com os jovens, com a sua a educação e com a necessidade de criar empregos para eles", afirmou o primeiro-ministro cabo-verdiano, acrescentando que Obama "estava muito bem preparado e tinha um bom conhecimento sobre as principais questões do continente africano."
José Maria Neves disse que apresentou Cabo Verde como um país que, na sua curta história independente, "fez a transformação de um país improvável para um país possível" e falou "na necessidade de criar boas parcerias comerciais."
No encontro segundo a VOA, o presidente Obama afirmou que uma melhor na governação está a ganhar raízes em África, como é prova dada pelas nações com cujos líderes ele se reuniu na Casa Branca.
“A razão pela qual eu me reuni com estes quatro (líderes é porque) eles exemplificam o progresso que estamos a assistir em África. Todos eles tiveram que enfrentar extraordinários desafios. Há apenas 10 anos, a Serra Leoa estava no meio de uma brutal guerra civil, como nunca vimos. Apesar disso tem vindo a realizar eleições livres e justas.”
Antes, numa entrevista à VOA, o presidente serra leonês Ernest Bai Koroma, tinha feito eco dos comentários de Obama dizendo “ninguém deve chegar à liderança ou poder que não seja através das eleições.”
Obama disse que o objectivo é ampliar os ganhos: “Quando temos uma boa governação – quando temos democracias que funcionam, uma boa gestão dos fundos públicos, há transparência e responsabilidade perante os cidadãos que colocam os líderes naqueles lugares – acaba por ser bom para o estado e para o funcionamento do governo, e é também bom para o desenvolvimento económico.”
De referir que não estão claras as motivações que levaram a exclusão do líder angolano no recente encontro em Washington. Porém, antes de Outubro de 2012, o Presidente norte-americano, Barack Obama, aprovou uma directiva para África, com menção especifica para a Angola, dando prioridade a programas de promoção da democracia e boa governação.
Desde a subida de Barack Obama ao poder, os Estados Unidos da América adoptaram uma política de pressão contra os lideres políticos mundiais que se fazem eleger com recurso a métodos extra-eleitorais. Em consequência disto tem alterado o seu relacionamento nas relações internacionais. Para o caso especifico de Angola, o “staff” da administração Obama é citado como estando a revelar uma conduta de saturação em relação as autoridades angolanas que tem a fama de ser “um dos regimes mais corruptos do mundo caracterizado pela violência, nepotismo e autoritarismo”.
A frieza dos Estados Unidos em relação a Angola - agora mais clara com a negação de um pedido de audiência do Ministro George Chicoty, em finais de 2012 - é interligada a conduta que estes passaram a ter no seguimento da realização das eleições gerais de 31 de Agosto, ao qual manifestam duvidas quanto a sua integridade. Barack Obama não endereçou mensagem pessoal a parabenizar as eleição de JES, nas eleições gerais.