Lisboa – Uma corrente de altos funcionários do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE) está destinada a beneficiar de uma “reforma especial” que os habilitará a receber mensalmente um subsídio vitalício equivalente a seis mil dólares norte-americanos. A iniciativa, aplaudida internamente pelos visados, é da autoria do director da instituição, comissário-chefe Sebastião Martins “Potássio” (na foto).

Fonte: Club-k.net

Seis mil dólares por mês

O documento, ao qual  consta o despacho da referida medida, foi assinado em finais de 2012, quando se ventilou que o Presidente José Eduardo dos Santos iria nomear uma nova direcção do SINSE. Logo a seguir, o actual chefe da instituição, Sebastião Martins, assinou um despacho elevando um grupo de altos funcionários, dentre os quais ele próprio com a categoria de assessores tendo estabelecido que os visados beneficiariam do citado subsidio vitalício, a partir do momento da desvinculação laboral desta instituição, ou em situação de saída  em comissão de serviços.

A referida “reforma especial” ao qual é entendida como uma garantia de sobrevivência dos seus colaboradores,  abrange os directores, chefes de departamentos e delegados províncias da instituição.

José  Maria de Freitas Neto, antigo director nacional de Contra Espionagem do Serviço de Informações, que se encontra em casa após ter estado em comissão de serviço como director nacional do SME, encontra-se igualmente na condição do grupo dos beneficiários.

Para o ano de 2013, o SINSE beneficiariou para o seu orçamento cerca de 695 milhões de dólares. Dispõe igualmente de um fundo especial sob controlo e fiscalização do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, o que torna as suas contas isentas da inspecção de órgãos como a Assembleia Nacional ou do Tribunal de Contas.