Kuando Kubango – A UNITA acaba de sofrer mais um contratempo político no Kuando Kubango onde pelo menos 500 ex-militantes acabam de ingressar às fileiras do MPLA, o partido no poder. Segundo fontes locais o mais recente discurso de Isaías Samakuva pronunciado naquela província foi a gota de água que fez transbordar o copo.

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Fonte: Club-k.net

Samakuva terá dito nas festividades do 13 de Março, data que este ano assinalou o 47º aniversário da organização fundada por Jonas Savimbi, que “os ex-militares já não eram fundamentais”, tendo indicado um professor pára-quedista para assumir os destinos da sua organização naquela região em detrimento de militantes “consequentes”. Isto mesmo foi dito por Arão Kajimbu para quem ao desprezo de Isaías Samakuva o Mpla afigura-se como alternativa segura.

Neste momento a “alternativa em Angola é o MPLA”, apresentando mais de 500 antigos militantes da Unita, que de livre vontade aderiram ao partido dos camaradas, oriundos dos bairros Paz, com 300 elementos, Boa Vida 100, Renova 40, Arianascente 180, Chivonde 120, Quatro de Abril 103.

Neste contexto o segundo secretário provincial do MPLA, João António,  anunciou o ingresso de novos militantes. O político foi mais longe tendo reiterado a liberdade de actuação para os seus membros, “admitindo ainda a existência de correntes de opinião no partido, dentro da sua linha de orientação ideológica, o socialismo democrático”.

Recentemente, o primeiro secretário do MPLA para o Kuando Kubango, Higino Carneiro reafirmara a necessidade de mais empenho a  nível dos órgãos dirigentes para o crescimento da maior formação politica em Angola. Nesta base uma nova sede partidária provincial será inaugurada oportunamente em Menongue.

Especialistas em psicologia dos ex-militares acreditam que 15 a 20 mil ex-militantes do Galo Negro, 80% dos quais ex-militares das extintas FALA, abandonem as suas fileiras nos próximos três anos.