Italia - O Executivo Angolano vai nos próximos anos concentrar a sua atenção na diversificação do desenvolvimento económico e no aumento da abrangência da distribuição do rendimento nacional por todas as regiões do país, para eliminar a fome, reduzir a pobreza extrema e as assimetrias regionais, afirmou nesta quinta-feira, em Turim (Itália), o vice-presidente da República.

Fonte: Angop

Manuel Vicente discursava, em representação do Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, sobre “Perspectivas de desenvolvimento económico e social de Angola” numa mesa redonda com o tema “a África do futuro, entre a democracia e desenvolvimento”, no quadro da III bienal da democracia, que decorre de 10 a 14 deste mês, em Turim.


Declarou que o optimismo de se alcançar tais metas deve-se ao facto de o país ter uma população maioritariamente jovem e por estar em curso “um amplo” programa de valorização de recursos humanos, baseado numa estratégia nacional de formação de quadros, aumentando, assim, a disponibilidade e qualidade de mão-de-obra dos jovens no mercado de trabalho.


Sublinhou que se pretende também acelerar a procura externa de produtos angolanos competitivos (à semelhança do petróleo e do gás natural), das rochas ornamentais, os produtos da agricultura tropical, os derivados da floresta, o turismo, os serviços financeiros e os serviços avançados, com base numa estratégia destes recursos e actividades serem explorados numa perspectiva de alongamento da cadeia de valor e na criação de clusters.


Informou que o governo angolano continuará a realizar fortes investimentos para garantir a integração e a expansão do mercado interno, por meio do desenvolvimento de circuitos de distribuição e sistemas de transportes operacionais e eficientes.


Deverá ainda implementar programas concretos de fomento da actividade empresarial, desburocratização do ambiente económico e regulamentação da concorrência.

No plano interno, fortalecer o exercício da democracia e o funcionamento dos órgãos da justiça vão continuar a ser reforçados.

Sublinhou que a política externa de Angola está focada para desenvolver a cooperação económica internacional, a solidariedade entre os povos, a preservação da paz e o desenvolvimento da democracia no mundo e, de forma particular, contribuir activamente nos processos de resolução de conflitos em África.


Para o vice-presidente da República, Angola irá fazer parte do grupo das nações líderes da democracia, do progresso e do bem-estar social nos próximos anos, se os angolanos se aplicarem com a mesma persistência e dedicação para a conquista da paz e da democracia, com o apoio da Comunidade Internacional.