Moscovo - Nós estudantes bolseiros das Forças Armadas Angolanas, a estudar no exterior do País, vimos manifestar onosso desagrado pela forma como temos sido conduzidos relativamente a nossamanutenção nos Países onde nos encontramos. Soubemos que esta não é a forma mais correcta de podermos manifestar o nosso descontentamento, pois como militares e defensores da Pátria que nos viu nascer, juramos fidelidade a ela. Por outro, como seremos humanos, estamos consciente que temos deveres e direitos a cumprir, diante deste tão honroso compromisso que é o de ajudar no desenvolvimento das Forças Armadas e do País em geral, razão pela qual estamos apostados na obtenção de conhecimentos que nos tornarão soldados qualificados nas mais variadas áreas do conhecimento militar e assim ajudar as Forças Armadas, a estar cada vez mais, preparada para dar resposta aos seus compromissos quer a nível nacional como internacional.

Fonte: Club-k.net

Camaradas Chefes! Já diziam os grandes combatentes que nos antecederam que de “saco vazio não se fica de pé”. Os grandes exemplos dos gloriosos combatentes que a pátria os viu partir, encorajam-nos a prosseguir a grande tarefa por eles iniciada que é a defesa da pátria. Para tanto, por muito orgulho que tenhamos no prosseguimento desta nobre tarefa, em vão será prosseguir se continuarmos com a barriga vazia. Clamamos camarada chefe, na resolução dos nossos problemas financeiros que muito tem afectado os nossos estudos, pois muitos de nós estamos a mais de seis meses sem receber os subsídios para a nossa manutenção ali onde nos encontramos. Como um homem poderá viver numa sociedade sem poderes de sustentabilidade? Que resultados se espera deste homem? Qual a razão de nosenviarem para longe de nossas famílias? Muitos de nós na flor da sua juventude, em busca de um futuro melhor quer para si e para o país em geral, começa a ver as suas expectativas a se romperem. Que resultados espera um pai quando o filho mais necessita do seu apoio e este se afasta?



Camarada Chefe! Orgulhosos estamos de pertencer a nossa querida pátria e de reconhecerem em nós soldados capazes de prosseguir com a missão de manter bem alto o nome das Forças Armadas Angolanas, se nos atermos no slogan por todos bem conhecidos que todo “soldado almeja ser general”. Infelizmente esta expectativa começa a deixar de ter o peso que tinha em nossas mentes, pois o que caracteriza essa expectativa é o exemplo que nos é transmitido pelos nossos dirigentes e este deixa muito a desejar. “Não se deixa um filho morrer de fome”.



Sentidos estamos camarada chefe, ao sabermos que muitos dos nossos chefes se aproveitam da nossa situação para tirarem proveito, o que não é digno. Sabemos nós que muitos estão a se enriquecer, como é o caso do General Makienze que retirou dos cofres da DPPTE/EMGFAA, órgão que chefia, cerca de USD 500.000,000 (quinhentos milhões de dólares), através do Banco Atlântico de Desenvolvimento cita no bairro Vila Alice, junto do Chamavo. Coronel Teca seu subordinado que se beneficia constantemente dos valores em atraso dos bolseiros, os meses que temos em atraso não soubemos se vamos receber porque tudo vai no bolso do referido Coronel. General Diógenes e seu comparsa Coronel Mangumbala, que cobram dinheiro para promoverem os bolseiros, bem como, para envia-los ao exterior, razão pela qual, maioritariamente os bolseiros enviados ultimamente pela Força Aérea têm sido maioritariamente da Região Aérea Sul, Região de onde o Coronel Mangumbala trabalhou até a sua saída devido a casos de corrupção perpetrados no comando do ex-Chefe de quadros General Massoxi.



Camaradas Chefes! Não é nossa missão informarmos situações do gênero, ou expor a público problemas que dizem respeito aos órgãos que vossas excelências dirigem, mais cansados estamos de ouvir que nossos problemas não estão a ser resolvidos quando há individualidades que se enriquecem através das nossas desgraças, pois muitos de nós tem se mantido no exterior através do sustentos das nossas famílias que sacrificando os nossos irmãos têm envidado esforço em nos manter ali onde nos encontramos na esperança de verem de nossa parte retribuído este esforço. Pensamos que não é justo e o País necessita de responsáveis justos a altura de levar Angola rumo ao desenvolvimento, o que só será possível com a formação de quadros. Manifestamos o nosso desejo de continuarmos a aumentar o nosso conhecimento e ajudarmos as forças armadas a evoluírem e se tornar numa das grandes potências em África e quiçá do mundo porque temos capacidades quer humanas e financeiras para alcançarmos este feito.



Camaradas Chefes! Oficiais como os acima citados existem muitos como é o caso de outras individualidades na DPPQ/EMGFAA, e nos Ramos (Exercito e Marinha), mormente os respetivos Chefes, que veem se enriquecendo com a situação dos bolseiros, uma situação muito triste e que só não nos interessa aprofundarmos mais porque o nosso objectivo central não falar destes oficiais, mais sim da nossa subsistência. Queremos ver solucionados os nossos problemas financeiros, para isso, contamos com o grande apoio dos nossos chefes porque sentimos em vós pessoas humanas, Pais que emnenhuma circunstâncias gostariam de ver os vossos filhos a sofrer. O País vos depositou a nobre tarefa de conduzir a defesa da pátria e acreditamos nas capacidades intelectuais que vós possuem para a condução das FAA. Rogamos ajuda para a resolução deste problema que muito nos aflige e tem afectado nos nossos estudos.


Os bolseiros