Lisboa – A justificação dada pela Casa de Segurança da PR (ex- Casa Militar), face ao inicial  “chumbo” das propostas de nomeações a nível da polícia nacional,  foi de se  remneter   a correções nas indicações para o comando provincial do Uíge ao qual surgiram três nomes para a função de comandante adjunto, ao contrario de dois, como é de “praxe”.

Fonte: Club-k.net

Clivagens internas

Um dos nomes propostos para o referido cargo é o do subcomissário Filipe Massala, actual comandante municipal do Cazenga.  Foi antes segundo comandante na província de Malange. O seu regresso  a  Luanda e a sua subseqüente colocação como comandante de divisão de um município foi sempre considerada como uma despromoção tendo em conta a correspondência da  sua patente usualmente destinada para cargos de direcção ou segundo comandante provincial.


O anuncio das novas nomeações estão previstas para os dias 18/19 do corrente mês, porém há, no seio da corporação, expectativas quanto a coabitação do subcomissário Filipe Massala como segundo homem da Policia no Uige, ao lado do actual comandante provincial, comissário Leitão Ribeiro.  Á ambos são atribuídos um clima de clivagens vivido, desde a época  que trabalharam juntos em Luanda.


Ao tempo em que o comando de Luanda, era chefiado pelo comissário Pedro Kandela, o subcomissário  Filipe Massala, então segundo comandante em Malange regressaria a capital do pais, pelas mãos de Ambrosio de Lemos, a pedido do então governador provincial.  A perspectiva era de que fosse para o mesmo cargo ( de segundo comandante) em Luanda.  Numa primeira fase, Massala  ficou no Cazenga, em substituição do subcomissário Mario Luis que seguiria como segundo comandante no Kwanza Sul.  Nesta altura, Leitão Ribeiro era comandante da UOL – Unidade Operativa de Luanda, e como tal, tinha bastantes conflitos com os comandantes de divisão, porquanto a sua actividade interferia com as actividades dos outros. Com a entrada do então comandante Alfredo Manuel Mingas “Panda”, este actual embaixador em São Tome terá dado protagonismo a Leitão Ribeiro que começou a actuar numa espécie de adjunto ou numero dois da policia de província. Pouco tempo depois as autoridades  nomearam o comissário  Joaquim Ribeiro como chefe da policia em Luanda e por sua vez Leitão Ribeiro foi indicado como segundo comandante provincial da capital do país. Por seu turno, Filipe Massala,  continuou como comandante no Cazenga até    ser proposto há pouco tempo como adjunto do seu então arquirival Leitão Ribeiro na província do Uige.