Luanda - A mais recente afiramaçao da Secretaria-geral do sindicato dos jornalistas angolanos Luísa Rogério proferida na rádio mais durante uma entrevista de que em Angola o único órgão de imprensa independente é o Folha 8, está a ser encarado por vários sectores como uma fonte que deveria merecer a devida análise sobretudo por parte dos partidos políticos na oposição e da sociedade civil organizada.

Fonte: Club-k.net

luisa rogerio1.jpg - 13.01 KbNa longa entrevista, LR reconheceu as debilidades do Folha 8 que na sua opinião são comuns em todos os outros órgãos de imprensa angolanos, mas sublinhou que ainda é único realmente independente ao poder instituído numa clara referência a onda de “compra” dos demais títulos, cujos resultados hoje a vista de acordo ao actual perfil editorial.

Com a entrada dos jornais “comprados” para o bastião da imprensa pública, a oposição politica angolana e a sociedade civil entraram para o ano de 2013 num ambiente mais hostil de sempre em termos de liberdades de informação junto da media publica e privada, contra todos os prejuízos que se adivinham para a sua imagem em termos eleitorais.


Sectores atentos a mais uma estratégia de comunicação bem urdida pelo executivo angolanos na área de comunicação, defendem que a oposição politica não terá outra saída se não quiser ser novamente cilindrada nos próximos compromissos eleitorais se não “desmontar” já a grande batata quente que tem pelas mãos, através de actos mais públicos (manifestações) sobre o bloqueio e a manipulação da comunicação social pública contra os que pensam diferente do poder politico vigente.


Analistas sobre a matéria são de opinião que os políticos na oposição e sociedade civil radicados em Luanda, estão adormecidos debaixo do pequeno espaço de informação de qualidade onde existe o contraditório produzidas por algumas rádios de Luanda, esquecendo-se que no resto país o cenário é bem diferente.


Os mesmos analistas referem que os principais temas de debate como o orçamento geral do estado, viabilidade das autarquias e em volta da queixa crime da unita contra os membros do executivo, fora de Luanda apenas “chegou” os pontos de vista dos políticos do Mpla e de
elementos da sociedade civil identificadas com o partido no poder.


Se as eleições legislativas fossem já em Maio deste ano, o slgam do Mpla utilizado nas eleições de 2012 de que “ a oposição não tem programa, não têm ideias, só quer confusão” provocaria novamente estragos no seio da oposição. É que de facto, entendem os analistas, até hoje, fora de Luanda não se sabe nada sobre projectos políticos, económicos e sociais da oposição, em função da nova estratégia de comunicação social pública e de alguma privada.


A oposição angolana ainda não percebeu que o seu actual inimigo é a actual estratégia de comunicação que está ser executada com zelo pelos poderosos órgãos de comunicação social públicos e aliados e que as redes sociais e o pequeno espaço radiofónico “livre” na media de
Luanda, não os levará a lado nenhum.

 

Entendidos neste tipo de conflitos, são unânimes em afirmar que a exemplo de vários países na mesma situação, só protestos públicos defronte aos respectivos órgãos de imprensa controlados pelo poder político e a internacionalização da referida luta poderá evitar um novo caos da oposição em Angola adiando assim o equilíbrio politico e democrático que o pais precisa para o desenvolvimento multifacetico do país.


Os compromissos assumidos por Angola com organizações como a UNESCO e a Sadc definem bem os parâmetros da liberdade de imprensa, pluralidade de órgãos de comunicação social e o seu acesso sem restrição por parte dos cidadãos, o que bem deveria ser aproveitado pela oposição para em fóruns nacionais como a assembleia nacional e internacionais denunciarem os graves atropelo dois direitos fundamentais ligados a informação.