Lisboa – Gerou sentimento de indignação e revolta, entre os funcionários do projecto do Luó – Sociedade Mineira do Camatchia Camagico. Em causa está, uma comunicação interna de 22 de Abril que declara despedimentos de alguns trabalhadores como resultado de supostas dificuldades financeiras da empresa.
Fonte: Club-k.net
“Como é do conhecimento amplo de todos, a nossa empresa tem vindo a enfrentar dificuldades enormes, decorrentes do facto de a estrutura de custos e de despesas ser muito superior aos proveitos e receitas obtidas. As reservas de mineiro exploradas não tem gerado receitas suficientes para cobrir os custos da actividade. Esta situação que se tem vindo a agravar, provoca um déficit de tesouraria que impede o pagamento de compromissos correntes com pontualidade, em particular e as compras de peças e matérias consumíveis indispensáveis ao funcionamento da mina”, le-se na comunicação endereçada aos trabalhadores.
Tal justificação de dificuldades financeiras é rejeitada pelos trabalhadores que por outro lado acusam a direção da empresa de “má gestão” e de terem avançado com um despedimento colectivo dos trabalhadores sem aviso prévio, o que, no entender dos mesmos, “culminará sem indeminização aos trabalhadores”.
O projecto do Luó é explorado pela Escom (empresa do Grupo Espírito Santo), por russos da Alrosa, pela Endiama, e mais duas empresas angolanas ao qual se pontificam sócios angolanos, entre os quais estão os irmãos Faceira. O referido projecto tem como PCA, Catarina Marques Pereira, uma antiga secretaria do gabinete do Presidente da República. Por sua vez, a mesma passou a gestão da empresa, a um cidadão nacionalidade Camaronesa Mefira Adamou (na foto) como DG e de um funcionario português, José Botelho como Director de Planificação e Finanças.
Segundo denuncias dos trabalhadores “a PCA Dra Catarina Pereira deixou a gestão da entregue nas mãos do Sr. Dr. Mefira Adamou e não aparece na Instituição”.
“A directora dos RH, Maria Lucilia Baptista, esposa do Senhor Secretário de Estado da hotelaria e Turismo, que não se faz presente desde 2010 na Empresa, vê os seus salários pagos mensalmente, continuando o carimbo das guias médicas para trabalhadores saindo em seu nome, para justificar o salário que recebe” explicam.
Os trabalhadores, denunciam que a Clinica aonde são obrigados a serem observados pertence a responsável máxima da empresa. “A Clinica Musserra sita em algures do município da maianga donde os seus colaboradores recebem uma assistência médica aparente para inglês ver, tem como proprietária a P.C.A da LUO Dra. Catarina Pereira, clínica esta que nem classificação de um posto médico tem, não tem medicamentos e os nossos colegas são obrigados a ser observados ali”
Descaradamente a empresa despede cidadãos nacionais que auferem USD 800 em detrimento de trabalhadores estrangeiros com salários de cinco mil usd.
Os trabalhadores da mina da empresa, dizem ser “severamente maltratados, ameaçados, não obstante a má confecção da alimentação feita por uma empresa libanesa sócios dos Srs. Adamou Mefira e do director financeiro José Botelho, chegando mesmo a trazer complicações muito sérias”
“Não se admitir uma empresa como a LUO, até hoje não tenha escritórios próprios, pensamos nós que os seus corpos sociais previam que mais tarde ou mais cedo a fossem decretar falência, para correr com os trabalhadores”, lamentam acrescentando que “Descaradamente a empresa despede cidadãos nacionais que auferem USD 800 em detrimento de trabalhadores estrangeiros com salários de cinco mil usd”.
Os mesmos suspeitam que “Tudo vai mal porque a PCA não tem o controle da empresa que dirige, em virtude desta acumular várias funções. O Director Geral falta com o respeito aos cidadãos nacionais ofendendo-os de qualquer maneira, advertindo-os quem quer ficar, fica - e quem não quer ficar que se vá embora, pois aqui mando eu.”
Para melhor entendimento “das nossas afirmações”, os trabalhadores convidam a ler o documento abaixo.
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