Luanda - Para mim, a mais nobre missão que alguém pode ter na sociedade é ser honesto, competente e criativo na profissão que desempenha. Ser honesto, criativo e competente são valores que facilitam a valorização profissional e pessoal e contribuem para a melhoria do bem estar das pessoas, das regiões, dos países e da civilização, de uma maneira abrangente, inteligente, altruísta e sustentada.

Fonte: Club-k.net

O estudante deve dedicar toda a sua atenção para aprender cada vez mais e para desenvolver um sentido crítico construtivo; o engenheiro deve trabalhar sempre para ser o melhor engenheiro; o médico deve esforçar-se  sempre para ser o melhor médico; o pedreiro deve labutar sempre para ser o mais competente; o jornalista deve desenvolver a sua acção de uma maneira vigilante, inteligente, inovadora e interventiva, objectivando o crescimento do bem estar dos cidadãos, em geral, e contribuindo para o aperfeiçoamento da cultura e da civilização em que está inserido. Estes mesmos valores devem ser perseguidos por todas as restantes profissões, incluindo os políticos, nos diferentes países, para combater as desigualdades e injustiças sociais, como aquelas que se verificam tristemente em Angola.


Em Angola parasitam demasiados mangas de alpaca em órgão de informação oficial, que jamais conseguirão ser jornalistas, ocupando posições de sobas da informação ditada de poleiros superiores. Eles evidenciam demasiadas paranóias em relação ao que os membros da oposição pensam, dizem e propõem e, sobretudo, com o que eles serão se algum dia vierem a conquistar o poder, actualmente ocupado por eleitos em processos muitíssimo duvidosos.


O futuro constrói-se a partir do passado e do presente. Esses mangas de alpaca, sobas da informação ditada de poleiros superiores, ou são cegos, ou são surdos, ou são tolos, ou acumulam todas essas deficiências. Eles parecem ser incapazes de observar o passado e o presente dos actuais políticos angolanos feudais. Desperdiçam o tempo a pavonearem-se com o crescimento do país, com argumentos infantis ou adolescentes, escondendo que ele está muito longe de encarrilar para os padrões de desenvolvimento que muitos países, repetitivamente achincalhados por esses mangas de alpaca, sobas da informação ditada de poleiros superiores, tentando apresenta-los como decadentes, falidos, desgovernados, desorientados.

Vamos ser objectivos: O Angolagate não é o resultado das vigarices de presidentes americanos, mexicanos ou irlandeses; os Diamantes de Sangue angolanos  não são comercializados por generais e filhos de presidentes brasileiros, argentinos, noruegueses ou polacos; os musseques não foram edificados por cidadãos suiços, canadianos ou chilenos; os raptos, espancamentos e mortes em Angola não são efectuados por esquadrões da morte suecos, ingleses ou holandeses;  as agressões a deputados da oposição, por polícias do Reigime, não são praticadas por carabineiros italianos; as filhas do Barack Obama não aparecem nas listas da Forbes como bilionárias; as novas centralidades chinesas de Angola servem para alojar microscópicas minorias; o desgoverno e desvio de receitas públicas contribuem para que falte kumbu para o pagamento dos salários de professores e das pensões sociais de ex-combatentes; agências internacionais de caridade dedicam-se a campanhas de recolha de fundos para o combate da fome em Angola; a cidade de Luanda, mais de trinta anos após a independência, continua com um paupérrimo serviço de abastecimento de água e electricidade; as estradas de Luanda, mais de trinta anos depois da independência, continuam a ser picadas urbanas; Angola está no topo das estatísticas mundiais dos países corruptos e mal governados; Angola está na cauda da lista mundial de Liberdade de Informação; a Eugénia Neto, quando tentou defender o indefensável acerca do 27 de Maio, foi condenada por difamação,  num país onde o sistema judicial não é comandado pelo angolano Rei-Presidente; etc, etc, etc...


A  sorte dos mangas de alpaca, sobas da informação ditada de poleiros mais elevados, é de que as intervenções no estrangeiro dos líderes da oposição têm pouca repercussão e não impedem os roubos de elevadas quantidades de dinheiro pelos Patrões Angolanos da Corrupção.


Houve quem ficasse muito chocado por um tristemente famoso político do MPLA, deputado do Reigime, afirmar de que as propostas e críticas da oposição eram diarreias mentais. Não perbebo porque é que essas palavras feriram susceptibilidades. Os políticos do MPLA têm toda a liberdade para, através das suas intervenções no ParaLamento, declararem o que possuem no cérebro. Os mangas de alpaca da informação oficial, ocupando posições de sobas da informação ditada de poleiros superiores, tentam copiar os comportamentos e as atitudes desse deputado mas, para o mal da comunicação social angolana, infelizmente, são muitíssimo mais limitados do que esse paraLamentar.