Washington - A UNITA  e a FNLA protestaram contra a sua  exclusão da comissão, recentemente criada pelo Presidente da República, para a recolha de fontes sobre a luta de libertação nacional

Fonte: VOA

As duas organizações  nacionalistas angolanas consideram a atitude de José Eduardo dos Santos como um sinal indicativo de exclusão política.


O deputado da UNITA, Armelindo Jaka Jamba com a decisão presidencial  mas alertou que não é  possível abordar-se seriamente a História contemporânea de Angola sem a participação de todos os actores que lutaram pela Independência de Angola, cuja participação  está devidamente  comprovada e consagrada.


“Não nos surpreende porque tem havido iniciativas unilaterais por parte do MPLA e do seu Governo”, disse.

O historiador angolano aconselha a integração de profissionais de comprovada idoneidade “ para emprestarem a direcção científica  a este grande projecto”.


Por seu turno, o dirigente da FNLA, Ngola Kabangu, questionou os reais propósitos da decisão de Eduardo dos Santos.

“Como é que o Presidente da República pretende impulsionar aqueles que terão a incumbência de esccrever a História genuína do processo  de libertação nacional.

Como é que ele pretende ser o impulsionador do processo genuíno de reconciliação nacional? Praticando a política de exclusão como sempre? Nós temos de ser ouvidos e respeitados.” questionou. 

Ngola Kabangu defende   a integração da FNLA  em todos os assuntos que têm a ver com a libertação de Angola  por ser parte integrante de e co-fundador da nação angolana.


A Comissão Interministerial criada pelo Presidente da República,  tem por missão    elaborar a recolha e registo de todos os dados históricos e informações relativas ao período de Luta de Libertação Nacional, realizar estudos e investigações sobre os principais acontecimentos históricos da Luta de Libertação Nacional.


Visa ainda avaliar a veracidade das fontes orais e escritas, efectuar a compilação de toda a informação obtida e propor a criação de mecanismos de divulgação e preservação dos dados históricos, são outras das atribuições da comissão.


A referida Comissão é coordenada pela Ministra da Cultura e integrada pelos ministros do Ensino Superior, como coordenador adjunto, da Defesa Nacional, dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria e da Administração do Território.