Luanda - Em Luanda, “os semáforos foram sobredimensionados”. Os que deveriam receber ordem para parar continuam a avançar, impunemente, numa entropia cleptómana que asfixia. Esta longa e muito lenta autofagia da Republicana-Monarquia continua a ser bajulada e propagandeada por ardinas, promovidos a directores de Órgãos de Informação Oficial, numa banha da cobra demasiado inconsistente, putrefacta e fedorenta.

Fonte: Club-k.net

E quando os falhanços do cabritismo navegam em becos sem saída, há sempre a possibilidade de desculparem-se com as consequências da segunda guerra colonial, iniciada e vencida pelos colonos do MPLA, ou com as memórias e os vícios do colonialismo português.

Muitas das melhorias de que Luanda necessita têm a ver com a abertura de “enormes eixos de circulação” e com a abertura de “enormes valas de drenagem das águas dos esgotos”.  Só assim o país (em especial a cidade de Luanda) poderá avançar para uma modernização inteligente, democrática, abrangente, consistente e continuada.

É necessária a abertura de “enormes eixos de circulação” de ideias inovadoras e inteligentes, para a implantação de uma democracia onde a honestidade, a justiça, a promoção individual e social e a melhoria da qualidade de vida, de todos os cidadãos, sejam uma realidade.

É necessária a abertura de “enormes valas de drenagem dos esgotos” para limpar a sociedade da oligarquia reinante e dos arautos que dirigem os Órgãos de Informação Propagandística Oficial, reles ardinas promovidos a cargos de gestão. Só assim, citando as palavras de um famoso paraLamentar do MPLA, o país poderá “avançar para a frente”.

Tanto quanto se percebe, existe a total certeza de que o problema existente tem a ver com a adequação no funcionamento dos “semáforos em Luanda”. A ordem para parar o desvio de dinheiros públicos já deveria ter acontecido há muito tempo e os prevaricadores deveriam ser punidos exemplarmente. As receitas nacionais não são premissas impeditivas da melhoria da qualidade de vida em Luanda e em todo o território nacional, porque há dinheiro.

O principal factor que contribui para o atraso no desenvolvimento do país está relacionado com o kapiango desavergonhado dessas receitas e a falta de capacidade governativa dos Sobas do gestores.  Os índices de crescimento, tão propagandeados, são sofismas que embriagam os mais incultos e distraídos.

Num próximo episódio desta novela dantesca, quando se esgotarem as desculpas com a segunda guerra colonial ou com o colonialismo português, os gestores oficiais e os ardinas, promovidos a directores da Informação Propagandística Oficial, vão dizer que o Zédu preocupa-se muito com o bem estar dos cidadãos angolanos, em especial com a população de Luanda:

- Os engarrafamentos de trânsito são culpa da oposição e do Imperialismo e Neocolonialismo Internacional porque ainda não foram capazes de inventar, produzir e comercializar carros-helicópteros;

- O criticismo à habitação é má fé da oposição e do Imperialismo e Neocolonialismo Internacional, que tentam humilhar a zéduardina, muito inteligente e eficaz, vulgarização do campismo;

- A fome de que padecem muitos angolanos é culpa do estado do tempo e do clima e da oposição e do Imperialismo e Neocolonialismo Internacional, porque ainda não inventaram, produziram e distribuíram vacinas contra a necessidade de comer;

- Os cortes frequentes e demorados no abastecimento de electricidade são culpa da oposição e do Imperialismo e Neocolonialismo Internacional, porque não são capazes de dar à luz campanhas de conformismo, bajulação e servilismo ao Zédu;

-  As interrupções frequentes e demoradas no abastecimento de água à cidade de Luanda foram decididas superiormente, muito inteligentemente, pelo Rei-Presidente,  José Eduardo dos Santos,  para que as populações não sejam atacadas por jacarés que podem sair pelas torneiras, provenientes da Estação de Bombagem do Bengo.

E muitos angolanos vão acreditar em todas estas balelas!