Lisboa – A exoneração do  2º comandante provincial da Polícia Nacional da Lunda Sul, superintendente-chefe Divaldo Martins, foi objecto de noticias e especulação nos semanários publicados em Luanda, que falam em uma futura expulsão do mesmo dos quadros da PN. Os referidos semanários terão notado que de entre as nomeações avançadas recentemente pela Policia Nacional, o terão colocado de parte. Havia previsão de o promoverem para a classe de comissário da corporação.

Fonte: Club-k.net

A imprensa alega que o mesmo se encontra sem colocação ao qual classificam de “perseguição aos jovens quadros formados”.

Um jornalista da Radio Despertar, Vasco da Gama, escreveu que o jovem polícia terá sido afastado por ter abertura “com os órgãos de Comunicação social” e que “conservadores da Polícia Nacional terão influenciado o Presidente da República e o ministro do Interior a rejeitar a sua proposta por o considerarem um homem estranho e com sangue revolucionário, a olhar para as suas publicações na internet e nos semanários privados.”

Divaldo, segundo o jornalista, “vê assim adiado o sonho de ser oficial comissário com equivalência a oficial general nas FAA, tudo por culpa de conservadores ultrapassados pelo tempo e no espaço.”

De lembrar que Divaldo Martins estudou jornalismo no IMEL tendo trabalhado na agência de notícias Angop. É licenciado em Ciências Politicas pelo Instituto Superior de Ciência Polícias de Segurança Interna, de Portugal, juntamente com outros jovens polícias (Jorge Bengue, Luto, Roque, Dunga e Diogo). Mais tarde quando regressou a Luanda passou também a estudar direito pela Universidade Católica.

No quadro do rejuvenescimento da polícia foi empossado para cargo de Porta-voz da Polícia Nacional, ao qual se notabilizou. Construiu redes de amizades e pela sua afabilidade, os jornais em Luanda congratulavam-se com o mesmo por se ter mostrado sempre disponível aos jornalistas sempre que solicitassem parecer daquela instituição. Ganhou carisma e acabou por ser “injustamente” afastado.