New York - José Luís de Matos, substitui em 2012 Carolina Cerqueira para liderar o Ministério da Comunicação social. E esta por sua vez deu sequência aos tropeços deixados por Manuel Rebelais. Em suma, os ministros deste complexo ministério foram sempre sombras do palácio presidencial e consequentemente sem punho de decisão ou de execução. Basta rever o historial de cada um e constará que nenhum deles fez absolutamente nada.


Fonte: Club-k.net

Hora vejamos. A semana passada o filho do presidente Zedú em nome do Semba Comunicação, destratou consideravelmente este ministério com um punhado de adjectivos de incompetentes e sem capacidade de gestão e que violam os contractos firmados. E logicamente,  José Luís de Matos como actual ministro da CMS foi apelidado como culpado principal da estagnação da TPA2 que não só reduziu o tempo de antena como retirou da sua grelha de serviços vários programas.
 

Logicamente, no comunicado que José Luís de Matos, remeteu  exclusvamente para os órgãos públicos, não fez menção do “conteúdo da mensagem veiculada” pelo filho do presidente e continuamos sem saber se corresponde com a verdade dos factos. Imaginem se tal comunicado fosse postado na Despertar ou estampado na Folha 8?

 
A tónica do comunicado foi para ordenar  que a “Rádio Despertar e Folha 8 para mudança de conduta”, tudo isso porque o ministro acredita que estes órgãos incentivam “à desordem pública”  e  “calúnias contra  instituições do Estado”.

 
O ministro só não disse que estes órgãos são “contra-revolucionários” porque o título que ostenta não o permite. Este frustrado desabafo público foi nada mais como opção para  “mostrar” que é verdadeiramente um ministro sobra. É de conhecimento geral que José Luís de Matos não tem uma acção ou plano estratégico de trabalho porque é um encomendado. Como prova disso, perguntem se na agenda de trabalho inclui a autorização da Radio Inglesia expandir a rede para todo território nacional. O perguntem também em que passo se encontram as aplicações de vários angolanos interessados em obter licenças de radio ou de TV e se serão agilizadas positivamente quando?  E por último, perguntem se sabe sobre os critérios usados para a autorização repentina da TV Zimbo.

 
A RNA, TPA, JA e Angop, são órgãos com uma linha editorial desfasado. Melhor são médias do MPLA. São factos. Estes órgão acarretam estrondosos custos do erário público e MCS se fosse um gestor com princípios éticos, sem veias partidárias e em defesa do interesse nacional deveria estudar as formas de se restringir custos. E, uma das recomendações seria o governo reduzir a 60% do suporte. Estes estes órgãos, teriam que ter mestrias de “gerar” fundos das publicidades e outras formas como investimentos em acções ou algo parecido.
 

Lamentavelmente, o MCS foi infeliz com esta ordem meramente política e confirma que o MPLA que é contra o contraditório. É assim que, num universo com várias publicações privadas a maioria foram compradas ou associadas ao MPLA. E obviamente, todos têm uma linha editorial que obedecem os critérios de informar ao estilo desejado do MPLA.

 
Curiosamente, não acham estranho quer na RNA ou TPA não existir um espaço que promova debates directos entre os governantes e a oposição ou sociedade civil? Outro facto interessante é que todos os analistas convidados para comentarem as ocorrências nacionais e internacionais são todos membros do MPLA e emitem comentários desfasados e o público não tem opções para comparar as análises.
 

Como resultado desta linha editorial denominada "MPELISTA" os órgãos do governo acima citados com a proliferação dos canais via satélite e de jornais online têm grandes dificuldades de sobreviver. Uma vez que o governo reduza o suporte financeiro indirectamente estariam postos fora do mercado. Basta ver, que a TPA2 apesar da tecnologia de ponta que tem não conseguem angariar fundos de manejo para suportar programas através de publicidades ou outros meios.


Dito isso, o MCS deu azo e ingredientes a comunidade internacional que não acreditava que em Angola o MPLA não suporta a lei do contraditório. Quem contradiz uma política de governação é rotulado como promotor da desordem. Informar que o país tem dirigentes corruptos. Informar que em Angola existe uma elite que explora a maioria. Informar que em Angola não há emprego para os angolanos. Informar que familiares do presidente são os mais ricos de África. Informar que as políticas de governação do MPLA não são as mais apropriadas. Informar que os angolanos vivem num sistema colonial moderno. Informar que os políticos do MPLA têm abusado os seus direitos constitucionais. Informar que os angolanos estam saturados de tanta pobreza. Enfim...
 

Resumindo, tudo isto seria evitado se o Presidente da República governasse o povo directamente e não os políticos. O actual presidente angolano não incentiva o diálogo e tenta a todo custo abafar o contraditório e promovendo o medo no seio da dos governantes e na população em geral.