Luanda – Os jovens Guedes Jovane Fortunato e Josemar Miguel da Costa, de 17 e 21 anos, respectivamente, desapareceram da casa dos seus familiares, na Precol, há um mês, isto é, no dia 10 de Abril, e as autoridades policiais dizem desconhecer o seu paradeiro.

Fonte: O País

Francisco Fortunato, irmão de uma das vítimas, contou que depois de terem notado o seu desaparecimento e procura-lo em vários locais, sem qualquer êxito, optaram por solicitar a intervenção dos especialistas da Direcção Provincial de Investigação Criminal de Luanda (DPIC).

“Os oficiais que registaram a ocorrência constituíram o processo nº 4123113/OP e mandaram-nos regressar depois de alguns dias, alegando que o mesmo seria encaminhado a um investigador para averiguar as causas dos desaparecimentos, mas até agora não nos dizem nada”, desabafou.

Segundo ele, o seu irmão frequentava o ensino médio num dos estabelecimentos localizados no interior de uma das unidades militares situadas nas imediações do Grafanil, em Viana.

O desaparecimento de Guedes Jovane Fortunato deixou a família incrédula, num estado de dor profunda, pelo facto de o mesmo ter ocorrido há menos de um mês depois da morte do seu irmão mais velho Pedro Adriano Fortunado, vítima de doença prolongada.

Ele contou que, tal como os dois jovens, o seu irmão nunca havia permanecido mais de 24 horas fora de casa, chegaram a acreditar que haviam sido detido pelos efectivos da Polícia Nacional por ter circulado no bairro uma informação, dando conta que os mesmos tinham em sua posse uma arma de fogo.

A expectativa dos parentes e amigos caiu por terra, aquando da apresentação de um de um grupo de marginais à imprensa, no pretérito dia 13 de Abril, pelos efectivos do Comando Provincial da Polícia Nacional, liderados por Elizabeth Ramos Frank.

Contactado pelo jornal O PAÍS, um dos oficiais superiores da corporação assegurou que se a Polícia ainda não deu nenhuma informação de concreto aos familiares é porque está a investigar o caso, visto que, em situações semelhantes, são eles próprios que ajudam na descoberta do paradeiro dos mesmos.

De referir que, em entrevista à Voz da América, o Comandante Geral da Polícia Nacional, Ambrósio de Lemos, e o segundo comandante provincial de Luanda, Francisco Ribas, garantiram, há uma semana, que esclareceriam o assunto a qualquer momento.