Luanda – O segundo comandante-geral da Polícia Nacional (PN), comissário-chefe Paulo de Almeida, considerou, em Luanda, que não existem motivações políticas por detrás da onda de criminalidade que assola a capital do país nos últimos dias.
 
Fonte: Angop

As declarações do responsável da corporação surgem na sequência de um comunicado emitido pelo principal partido da oposição (UNITA), em que acusa membros da corporação de se envolverem na morte de dois militantes seus, durante o último fim-de-semana, no bairro Paraíso, comuna do Kikolo, município de Cacuaco.
 

Em declarações à imprensa, à margem do velório de três efectivos da PN, mortos a tiro na madrugada de sábado, no mesmo território em que horas depois foram abatidos os dois militantes da UNITA, Paulo de Almeida descurou qualquer motivação de carácter político nas mortes dos cinco cidadãos.
 

"Até ao momento não temos razões para atribuir estes crimes a alguma motivação que não seja passional, ajustes de conta ou de carácter social. Estamos a trabalhar com muito cuidado e, oportunamente, vamos esclarecer convenientemente esta situação", reforçou.
 

Paulo de Almeida garantiu igualmente que a criminalidade em Luanda não está fora do controle da polícia, reconhecendo, por outro lado, os relatos diários de crimes violentos por todo o país.
 

"A situação mantém-se controlada. Temos agido e reagido em conformidade, de acordo com as nossas capacidades e potencialidades. A sociedade tem de estar empenhada, denunciando casos de delinquência que tentam criar uma certa instabilidade ao país", exortou.
 

Em tom de exortação aos efectivos da Polícia Nacional, Paulo de Almeida disse que os efectivos devem estar tranquilos e serenos.
 

"Nós assumimos uma missão de risco e temos de ter coragem, seguir em frente, cumprindo com a nossa missão, estando mais atentos e prontos a intervir nos momentos oportunos”, disse.