Luanda  - A Administração pública é uma organização de trabalho muito antiga. O seu nascimento respondeu a objectivos bem determinados e o seu funcionamento adaptou-se ao poder que a criou e que ela representava, dando origem a um fenómeno especial, típico, que serviu de modelo ao longo do tempo a muitas outras organizações de trabalho.

Fonte: Club-k.net

Hoje tudo mudou.
Na visão de Paula Silveira, fora da Administração Pública trabalhasse melhor e mais compensadoramente (em alguns casos), ser funcionário público já não confere notoriedade e, por pressão do desenvolvimento social, como nos tempos idos, o corpo administrativo está social, técnica e culturalmente muito mais perto dos seus dirigentes.


 Admitindo que o funcionário médio teria o correspondente ao 2 ano do Ciclo (6 anos de escolaridade) e nenhum curso de especialização, e que um Diretor-geral teria uma Licenciatura (4+7+5 anos de escolaridade), a diferença de instrução resultante 6 de 10 anos.


Este tão grande desnível de desenvolvimento pessoal tornava aceitável as diferentes condições de funcionamento e impedia o seu questionamento.


Hoje, o funcionário médio tem 10º/12º anos de escolaridade, cursos escolares (obrigatórios para promoção) a nível médio e existem casos em que um indivíduo que exerce cargo de chefia (Secção, Repartição e ate mesmo de Departamento) mantem as mesmas habilitações, assim sendo, a distância de instrução em alguns casos reduziu-se para Menos e para Mais de 6 anos e noutros para mais de 10 anos, em relação ao passado, considerando aqueles funcionários que apresentam habilitações que sejam superiores a uma licenciatura (Mestrado e Douctoramento) e que não ocupam cargo de chefia e coo ironia do destino encontra enquadrado numa categoria que não vai de encontro com as suas habilitações por vários factores. É nesta situação que surge diariamente o motivo de frustração, por existir uma desproporção naquilo que é o conhecimento científico e a experiencia de trabalho adquirido por ambas as partes.

Assim, com o actual modelo de funcionamento, as condições de adesão ou ingresso à Administração Pública tornam-se hoje muito precárias, mas muito procuradas pelos jovens acima de tudo.

Nelson, Retrata a vida profissional de um jovem formado, que entra para a Administração Pública, verificasse que normalmente ele inicia o seu emprego com grande energia e motivação para o trabalho. Todavia, à medida que o tempo passa, a sua implicação vai gradual e rapidamente decaindo, chegando a atingir valores muito perto do zero (apatia, resistência passiva, presentismo) ou mesmo valores negativos (resistência activa, absentismo, escapismo), o que tem sido bem normal.
Nesta senda recomenda-se aos órgãos competentes que analisem tal situação, considerando que não são todos os ramos que estão a perder quadros, atendendo a boa remuneração e a facilidade no horário laboral.

Relativamente a esta visão analisada, penso que deve-se fazer um redimensionamento dos quadros existentes, para que os cargos de chefia, sejam ocupados por força da lei, na condição de não existir uma discrepância, naquilo que é o poder de conhecimento, podendo assim considerar a pessoa certa no sítio certo, não descurando as Habilitações.


Analisando em primeira instancia o facto que devemos antes de procurarmos fora analisar o perfil dos internos dando assim uma oportunidade ao técnico, e estaríamos a descartar a possibilidade do amiguismo, familiarimo, e outros itens que seja comprometedores a ascensão da auto estima dos funcionários.


A Administração Pública Angolana pode ser categorizada em 3 grandes grupos, de acordo com a sua relação existente com o Governo:


• Administração directa do Estado
• Administração indirecta do Estado
• Administração Autónoma.


1º - O grupo Administração directa do Estado reúne todos os órgãos, serviços e agentes do Estado que visam a satisfação das necessidades colectivas.


2º - O segundo grupo Administração indirecta do Estado reúne as entidades públicas, dotadas de personalidade jurídica e autonomia administrativa e financeira.


3º - O terceiro e último grupo Administração autónoma reúne as entidades que prosseguem interesses próprios das pessoas que as constituem e que definem autonomamente e com independência a sua orientação e actividade.


Parte 1.

OBS: Escrito por: Mário Joaquim


A quando da estada na clinica por questões de saúde, desculpam-me pelos erros e espero contribuições para melhoria na Parte 2.