AO
EXMO. CAMARADA DINO MATROSS
SECRETÁRIO-GERAL DO MPLA

LUANDA
 
C/C: V. Excia. Senhor Presidente da República; Exmo. Senhor Vice-Presidente da República; V. Excia. Digníssimo Senhor Presidente da Assembleia Nacional; Exmos. Camaradas Julião Mateus Paulo ¬ “Dino Matross”; Bento Francisco Bento; Jesuíno da Silva e Norberto Garcia.

Assunto: Ilegalidades no Ministério da Justiça e Direitos Humanos

Os melhores cumprimentos;

Face o péssimo comportamento que o actual senhor Director Nacional dos Registos e Notariado, Claudino Salvador Filipe, de amiúde afirmar no interior do seu Gabinete, e nalguns do Ministério da Justiça, designadamente da Senhora Rosa Cruzeiro e demais colegas no referido órgão, tem caluniado que os técnicos daquele Ministério nomeadamente, David Manuel; Amor belo Vinevala; Victorino Mário; Cacilda Silva e Celma Simba, pertencerem a formação partidária da oposição, isto é, aos serviços secretos da UNITA, sendo que esta última teve que abandonar os serviços, ao que consta a funcionar na Sonangol, que poderá ser caminho para outros bons técnico, caso esse comportamento se mantiver.

Aproveitando do cargo político-partidário que ocupa no seio do nosso partido MPLA, afirmando em círculo restrito ostenta o cargo de assessor do primeiro secretário do comité provincial do MPLA para política de quadros, ameaça frequentemente os colegas que serão exonerados ou transferidos, dizendo que eu mando e posso, tudo que disser, o Ministro faz, ou seja, é só escrever para o Ministro que ele assina logo o despacho, fim de citação.

Pelo acima exposto, solicitamos a V. Excias que os chamem a razão, no sentido de pautar por uma contudo deontológica aceitável, dignificante e honrosa, para o bom nome e imagem do Ministério, sem prejuízo da nítida imagem do Partido, que saiu vitorioso das eleições passadas em 2012, ofuscando desta forma todo o trabalho que o partido realizara durante e após o processo eleitoral.

V. Excia, o Senhor Presidente da República, José Eduardo dos Santos, tem apelado que os membros e militantes, devem possuir uma conduta moral sadia, comprometida com os projectos de vida da nação e de todos angolanos, sem exclusão, mas o referido senhor é contrário a esses princípios.

Mantemo-nos no anonimato (técnicos), devido a possíveis represálias, o que ele sabe melhor fazer.

Sem outo assunto, queira aceitar as nossas saudações revolucionárias.

Luanda, 3 de Junho de 2013