Luanda - Duas organizações não-governamentais angolanas dirigiram uma carta à Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, a solicitar medidas no sentido de fazer parar com os actos de violência da polícia contra manifestantes.

Fonte: Lusa

A carta, entregue nesta quarta-feira, 26, em Luanda, na embaixada do Brasil em Angola, é datada de sexta-feira e assinada pelos responsáveis da OMUNGA, José Patrocínio, e da OSISA, Elias Isaac.

Na missiva, aqueles activistas cívicos solicitam à Presidente brasileira que tome "todas as medidas convenientes" para que a imagem do Brasil, sobre a qual recaem os olhares em vésperas da Copa do Mundo de Futebol e das Olimpíadas, não seja comparada com o exemplo de Angola relativamente a "repressão policial contra manifestantes".

Os subscritores reiteram ainda na carta que é com "imensa preocupação" que têm vindo a acompanhar pela Internet a "enorme violência perpetrada por agentes da polícia contra manifestantes, especialmente em São Paulo".

"O que aconteceu é inadmissível. A polícia extrapolou todos os protocolos de uso da força, agindo de maneira truculenta e irresponsável, atentando contra tudo o que se espera de uma instituição que deve prestar segurança a todos os cidadãos. Absolutamente nada justifica o que se viu", repudiam aquelas organizações não-governamentais de defesa dos direitos humanos em Angola.

No final, os subscritores demonstram toda a sua solidariedade para com os manifestantes que, "através de actos pacíficos, exigem o reconhecimento dos seus direitos e lutam por uma sociedade mais justa". Fonte da embaixada, que pediu anonimato, confirmou a recepção da carta.