Luanda - O julgamento dos acusados do caso PRELEX teve início esta quarta-feira, por volta das 11h45 minutos. É de resto um julgamento que começa depois de muita espectativa criada pela Procuradoria-Geral da República que através da Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal, apresentou os supostos agressores conjuntamente com a Polícia de Luanda este ano.

Fonte: facebook

Depois da instrução preparatória, Pedro Santana e pares conhecem há alguns dias a sala de audiências da 13ª Secção do Tribunal Provincial de Luanda, no Palácio de Justiçado do Kilamba Kiaxi tendo em atenção à política de descentralização dos encargos do Provincial relativamente as acções criminais.

A Sessão desta quarta-feira começou por volta das 11h45 minutos e foi suspensa quando o relógio marcava 19h05 minutos, momentos em que a Juíza da Causa Elizabeth Augusto decidiu dar por terminada a sessão tendo como justificação dificuldades na transportação dos réus do tribunal às celas.

Esta quinta-feira a audiência continua com a audição de mais declarantes, pois na anterior foram apenas interrogados 04 dos dez acusados e certamente ouvir os cerca de trinta e seis outras pessoas na condição de testemunhas e declarantes.

Na sessão anterior e nos termos da peça acusatória lida pelo digníssimo Procurador que representa o Ministério Público, pesam sobre os arguidos crimes de ofensas corporais, nas entrelinhas confessado pelos quatro funcionários da loja PRELEX já interrogados, violação, negada em parte pelos autores, posse ilegal de arma de fogo que Pedro Santa ou simplesmente PRELEX refutou porque tal como argumenta, a arma faz parte da sua empresa de segurança privada reconhecida pela Polícia da Divisão do Kilamba; Crime de roubo do dinheiro de uma das vitimas que os acusados refutam embora com argumentos pouco convincentes no entender de pessoas próximas ao processo e finalmente o crime de atentado ao pudor porquanto no entender do Ministério Público a senhora terá sido violada, maltratada diante dos mais de trinta trabalhadores da casa PRELEX.

Está a ser um julgamento bastante disputado, nomeadamente entre o Ministério Público e a equipa dos advogados de defesa que tudo faz para inocentar os seus constituintes. Nesta quarta-feira e durante a audiência, o Advogado de defesa questionou Pedro Santana o PRELEX se alguma vez respondeu um processo do género ou de outra índole às autoridades policiais ou judiciárias questão prontamente respondida pela negativa pelo acusado, o que motivou alguns murmúrios na sala porque segundo alguns comentários dos presentes, PRELEX antes de se tornar empresário trilhou vários caminhos do crime em Luanda.

Diante da denegação conseguida pelo advogado de defesa os murmúrios foram igualmente contra o advogado assistente de acusação que no entender de alguns presentes pouco ou nada fez para procurar agravantes a semelhança do seu colega de defesa que procura sempre atenuantes. Aliás, durante a audição dos primeiros quatro arguidos, o Advogado assistente de defesa foi pouco interventivo, até mesmo aquando do interrogatório do Pedro Santana, tido como proprietário da loja onde tudo terá ocorrido. No final dos trabalhos, o mesmo não aceitou prestar qualquer informação à média alegando que os que têm que falar são os advogados de defesa e não ele porque conta com o apoio do Ministério Público.

 

Outro dado a reter e ocorrido pela negativa tem a ver com aquilo a que os que acorreram aquele tribunal consideram de excesso de zelo por parte dos funcionários da secção que não permitiram na primeira sessão que os participantes saíssem e entrassem nem mesmo para a satisfação de necessidades biológicas durante três horas, situação que criou mau ambiente na sala, até que a Juíza da causa autorizou a saída e entrada de pessoas de forma ordeira. Acresce-se a isso a alegada falta de urbanidade com que os agentes dos serviços prisionais vão abordando as pessoas como se de seus subordinados se tratasse ou mesmo de arguidos postos a sua alçada.

Em fim, um julgamento que começa e que continuará nos próximos dias. Lembrar que o caso ocorreu na loja PRELEX de Pedro Santana no golfe dois onde duas senhoras foram brutamente espancadas alegadamente por terem furtado uma garrafa de champanhe que segundo dono da loja custava pouco menos de dez mil kuanzas. O julgamento decorre na sala de audiências da13ª secção do Tribunal Provincial de Luanda que funciona no Palácio de justiça do Kilamba Kiaxi em Luanda.