Lisboa - Rui Falcão Pinto de Andrade, é apontado, em meios competentes, como sendo o único dirigente do Bureau Político do MPLA que não tem negócios próprios (como bancos, petróleos ou diamantes ), ou que esteja ligado a práticas de corrupção que se diz ser a marca do partido no poder em Angola. Porém, mais do que razões de convicção, o seu insólito caso é justificado como efeito da sua “falta de habilidade em fazer negócios”.
Fonte: Club-k.net
O dirigente depende de meios próprios e de um bónus anual (de origem das cervejeiras de Angola) destinado aos membros da cúpula de alto escalão do MPLA. Até pouco tempo, esteve a viver em casa de renda ou emprestada pela sogra.
Somente a um ano atrás é que o mesmo conseguiu uma casa própria erguida no bairro Miramar por detrás da embaixada americana. (Outro em condições semelhantes é João “Ju” Martins, o secretário para os assuntos políticos e sociais do BP do MPLA.)
Rui Falcão faz parte da chamada ala radical da alta hierarquia do partido e passa por ser, próximo a corrente do BP do partido oposta aos moldes a que Manuel Vicente foi “imposto” por José Eduardo dos Santos como sucessor constitucional a presidência da República.
O Presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos afastou-lhe a poucos meses das funções de porta-voz do Bureau Político do MPLA nomeando-o governador provincial do Namibe. A sua promoção é vista como uma “queda para cima”. A mesma deu lugar a interpretações segundo as quais JES pretendeu afastar as vozes renitentes a “imposição” de Manuel Vicente, como seu delfim.