Brasil - Mas uma vez entro aqui para falar do Club-k, aproveitando os últimos incidentes de acusação e perseguição contra os dirigentes, jornalistas e técnicos desta instituição. E também de um artigo publicado no mesmo sobre denuncia e corrupção: “Basta de Generais Velhos e Cansados na Diplomacia - Funcionários do MIREX”.
Fonte: Facebook
Club-k "função socio-política e cultural"
O Club-k, pode-se dizer, que hoje está no ponto mais alto de uma trajetória, em que esta trajetória seria a função social do que podemos chamar o verdadeiro papel da imprensa livre e democrática; principalmente, numa democracia de corruptos ou de um regime que mente, engana e finge ser democrático, mas que não é.
Sua função e papel na comunicação angolana já não podem ser negados, nem ignorados. Mesmo sendo uma forma arrojada que adotou para se fazer jornalismo, informar e comunicar – e o que parece ser uma iniciativa de leigos na comunicação e no Jornalismo.
Suas técnicas para chegar ao cidadão e informá-lo tornam o mesmo um desafio a esse regime corrupto e desonesto que o MPLA adotou nos últimos vinte anos.
A existência do Club-k, seu modo de funcionamento, queiram ou não, é uma forma de desmascarar tudo o que existe aí. Tanto que se descobriu nos últimos tempos, que a imprensa pro governamental e corrupta ( a tropa ideológica de José Eduardo dos Santos, na WEB) age em função – politica e ideologicamente falando - do Club-k, contra restar e atacar todas as denúncias sobre corrupção nesses meios de comunicação. A quadrilha de bandidos na imprensa pública angolana e a privada pro JES, na Web, principalmente, chegam a agir como a antítese do club.
Não importa quem financia Club-k, de onde vem o dinheiro, quem são os seus donos. Aqui o que interessa é a função sociopolítica e cultural que o mesmo exerce já na sociedade angolana: desmistificando e desmascarando uma certa honra, dignidade, fidelidade (de homens e generais em prol da nação), em que o mais importante (no exercício destas virtudes) já não chega a ser os interesses de um povo ou de uma nação; mas, de forma imoral e descarada, os interesses de um partido no poder há quase quarenta anos.
O Club-k e os seus formadores de opinião, que no fundo consiste em ser qualquer cidadão, muitos deles sem títulos acadêmicos a serem invejados, romperam e destruíram essa barreira da coerção e do constrangimento, que consistia em exigir, obrigar e induzir milhões de cidadãos a se filiarem no partido único que há 38 anos impõe as regras no país. É claro que até hoje o que se consegue é romper com o constrangimento ideológico e/ou espiritual. Porque na prática isso ainda não funciona e levará muito tempo.
Na prática o que mantém aquela coerção e constrangimento é a maneira como funciona o Estado Angolano, um Estado erguido pelos pilares da corrupção. Estes pilares não poderão só serem destruídos pela opinião de formadores de valores que conscientizarão uma nação.
A luta pelo espaço a se ter voz, que dá a sociedade civil o direito de denunciar e reclamar, deve ser mais radical. E nesta luta precisamos acabar com a ideia de submissão de que toda iniciativa que surge, numa Angola de hoje ou de amanhã, deverá ter o aval do MPLA, ou daqueles que estão no poder.
Por isso, venho por esse meio propor aos diferentes actores sociais (da sociedade angolana), chegou a hora de transformarmos o Club-k no património da cultura angolana, na área de comunicação e informação. E, assim, evitar que o gansterismo e a corrupção continuem a perseguir e tentar destruir essa capacidade que os jovens angolanos, na diáspora ou não, criaram para se comunicarem com a Nação.
Precisamos acreditar que sonhos podem passar à realidade!